Os agentes livres são os únicos jogadores que continuam movimentando o mercado após o trade deadline. Este marco da temporada finaliza a época em que as equipes podem negociar atletas entre si, mas não proíbe a contratação de jogadores sem time. Por isso, especialmente mais próximo dos playoffs, os agentes livres costumam ser bastante requisitados.
Procurados para reforçar equipes com vaga garantida à pós-temporada ou para iniciar um processo de renovação a ser concretizado na off-season, não são poucos os agentes livres que acabam recebendo mais atenção do que jogadores empregados. Principalmente, quando se tratam de veteranos tarimbados, com experiência em momentos decisivos e currículo de vitórias.
Aqui, listo os oito free agents que julgo os mais capacitados a causar furor entre as equipes da NBA. Apenas um dos jogadores relacionados (Stoudamire) não é agente livre no momento, mas tem boas chances de se tornar em breve e, por isso, já figura no ranking. A atual carência de pivôs na Liga influencia de forma vital a formação da lista:
1- Chris Webber: Um pivô experiente e de qualidade. Atualmente, o sonho da maioria. Não à toa, existe uma fila de times atrás dele. A recente declaração de que está perto de voltar já agitou os bastidores. Pistons, Suns, Mavs, Celtics, Magic e Lakers estão tentando sua contratação. Qual será a nova casa de Webber? Façam suas apostas. Todos estão abertos para receber um pivô de boa qualidade ofensiva, tarimbado e com a experiência necessária para aquecer as chances de um time chegar ao anel. Ele quer ser campeão!
2- Damon Stoudamire: Muito perto de receber o buyout do Grizzlies, Stoudamire é outro candidato forte a ajudar uma equipe na pós-temporada. É um jogador rodado, equilibrado e muito experiente. Como armador, sabe distribuir a bola e atacar - e tem discernimento para saber qual das duas opções é a ideal. Tem o perfil de atleta que enriquece um elenco na hora da decisão. Pena que não consegue criar o alvoroço de um Webber em tempos de escassez de pivôs. Raptors está interessado em contratá-lo.
3- PJ Brown: Um pivô experiente e de qualidade. Mesma frase inicial utilizada para definir Chris Webber. Não por acaso, Brown é a segunda opção de todos que correm atrás do ex-jogador do Kings. Enquanto Webber representa o pivô veterano de potencial ofensivo, PJ é a face do potencial defensivo. Além deste detalhe, o que diferencia os dois jogadores é que Brown ainda está indeciso entre encerrar sua carreira ou retornar à NBA. Por isso, não é digno de tanta atenção quanto o primeiro colocado da lista. Se decidir jogar, não faltarão pretendentes.
4- Tarence Kinsey: O ala não é ainda um nome familiar para a maioria, mas tem muito talento. Foi novato ano passado e só tem 23 anos. Quando teve tempo para atuar, arrebentou. Acabou sendo dispensado da franquia porque Memphis parece estar se preparando para fazer uma grande troca e precisava de espaço no seu plantel. Embora esteja sem equipe, já provou que pode ser muito útil se for utilizado da forma correta e ter tempo de quadra. É uma aposta muito interessante para times que querem reformular seus elencos. Uma pena que Kinsey não tenha experiência para atrair os principais "consumidores" dos agentes livres desta época: os times que vão aos playoffs.
5- Gary Payton: Payton é o tipo de armador que pode compor muito bem aquele elenco que está rumo a pós-temporada. Primeiro, porque possui vasta bagagem neste tipo de fase. Segundo, porque é exemplo de excelência quando fala-se em armadores: sabe atacar a cesta, organiza uma equipe, distribui a bola e, acima de tudo, defende com muita propriedade (fundamento que vem faltando a muitas jovens revelações). Se tudo isto não bastasse, Payton é exemplar enquanto profissional. Só não sacodirá o mercado porque já escolheu uma franquia como prioridade: Golden State Warriors. Se não for para lá, pode ser que se aposente. Especula-se que o Celtics também o quer.
6- Ruben Patterson: Dispensado pelo Clippers, poucos lembram que o jogador está à disposição. Trata-se de um versátil e voluntarioso ala, que sempre ajuda os times por onde passa. Só não foi bem sucedido em Los Angeles porque não houve espaço para ele na rotação. Patterson sabe fazer de tudo um pouco e não se importa em ser o coadjuvante. É o típico jogador de elenco, de grupo. Este perfil de atleta pode ser muito útil em momentos de tensão, como a pós-temporada. Só não pode ser encarado como “salvador da pátria”.
7- Anfernee Hardaway: A passagem pelo Heat, no início da temporada, provou que sua carreira ainda não acabou. Foi dispensado injustamente e ajudou a equipe em alguns jogos. No geral, pode avaliar a empreitada em Miami como positiva. Novamente no mapa da Liga, pode ser uma boa aquisição visando playoffs. É um atleta experiente e que já disputou uma final da NBA. O tempo e as contusões fizeram com que aprimorasse seu jogo coletivo. No Heat, mostrou uma face mais voluntariosa de seu jogo, arremessando menos e servindo mais os companheiros. Um jogador com este espírito e com a bagagem que já acumulou pode ter sua importância na hora de brigar pelo título.
8- Earl Boykins: Estou embasbacado com o fato de Boykins não estar empregado em nenhuma equipe da Liga. Ele fez boas temporadas nos últimos anos e tem qualidade para estar empregado. Possui um bom arremesso, razoável visão de jogo e lida muito bem com as limitações físicas. No entanto, este tempo fora dos holofotes pode ter feito com que “esquecessem” de sua disponibilidade. Fala-se em um interesse do Celtics, mas nada muito sério. Pesa contra Boykins também o fato de ele não ser um jogador com perfil de playoffs: sua defesa é fraca e porte físico, ruim.
Existem outros jogador que julgo terem condições de provocar interesse entre as equipes da NBA. Destaco três: Mike Wilks, DerMarr Johnson e Bobby Jones. No entanto, os oito acima são aqueles que, pelo que apresentaram até aqui, estão mais gabaritados para ajudar uma equipe em processo de reconstrução e, principalmente, a caminho dos playoffs.
Assim, concluo a segunda parte da análise sobre o mercado desta mid-season. Agradeço a todos os que visitam o blog e ao companheiro da equipe do NBA Jumper, Ricardo Romanelli, cujas informações postadas no site são base para meus rankings. Até a próxima parte.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
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Um comentário:
Chris Webber é a bola da vez, só esperar pra ver q franquia vai levar o premio.
Alguns jogadores desconhecidos pra mim e outros(Hardaway e P.J.) estão mais pra se aposentar...
bom post, esperando o proximo da serie
bom trabalho
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