quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Resultado da enquete

O blog manteve a enquete "Na sua opinião, qual astro da NBA tem mais chance de ser trocado até o fim do período de trocas?" ativa nos últimos 20 dias. O resultado final foi:

1 - Mike Bibby - 22 votos - 68%
2 - Tracy McGrady - 3 votos - 9%
3 - Pau Gasol - 3 votos - 9%
4 - Jason Kidd - 2 votos - 6%
5 - Jermaine O'Neal - 2 votos - 6%

A opinião dos 32 votantes refletiu o que eu imaginava quando coloquei a enquete no ar: Bibby será rapidamente trocado. Hoje, as coisas mudaram um pouco. O armador já recuperou-se de contusão, mas ainda não foi negociado. E, agora, a bola da vez parece ser Jason Kidd (quarto colocado na pesquisa), que voltou a pedir para ser trocado.
Em muito breve, uma nova enquete será colocada no ar. Agradeço a todos aqueles que participaram.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Um homem e cinco destinos

Algumas semanas atrás, tudo indicava que Chris Webber seria o free agent mais disputado deste meio de temporada. Hoje, sabemos que o Warriors driblou facilmente a concorrência e deve fechar com o pivô nesta terça-feira. Final anti-climático.

No entanto, o cargo de agente livre "agitador do mercado" já foi assumido por outro veterano: o armador Damon Stoudamire. Toda a negociação do buyout (compra de contrato) do atleta junto ao Grizzlies foi acompanhada por, no mínimo, quatro franquias.

Com o anúncio oficial de seu desligamento da franquia de Memphis, o armador já teria selecionado os times onde intenta dar continuidade a carreira. Segundo um colunista de um jornal de Boston, Stoudamire disse ao seu agente o nome de cinco destinos preferenciais: Celtics, Suns, Raptors, Nuggets e Spurs.

Das franquias citadas, a única que não aparenta ter interesse nenhum em contratar o veterano é o Spurs. As informações envolvendo o Nuggets não passaram do campo dos rumores ainda, nada de oficial. As outras três equipes ditas por Stoudamire já manifestaram pretensão em adquirir os serviços do atleta.

O Raptors apela para o fator sentimental: Stoudamire iniciou a carreira na franquia. Suns e Celtics oferecem chances reais do armador de 34 anos brigar pelo anel de campeão da NBA. Ontem, um familiar do jogador disse que o favorito na disputa seria o time de Boston.

Quem vai ganhar esta corrida? Um vencedor é certo: o próprio Damon Stoudamire. Saiu do Grizzlies alegando não ter espaço na rotação e chances de título. Em qualquer uma das cinco franquias citadas, ele estará (muito) mais próximo destes objetivos do que em Memphis.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Pedido de desculpas?

É costume da Liga convocar o atual campeão do Slam Dunk Contest (Concurso de enterradas) para defender seu título. Desta vez, não será diferente: Gerald Green está entre os quatro competidores. A surpresa é que mais um dos candidatos do ano passado volta a disputar o prêmio: Dwight Howard (foto). Completam o quarteto: Rudy Gay e Jamario Moon.

A "segunda chance" de Howard é um caso interessante. Ano passado, ele foi desclassificado do concurso ainda na primeira eliminatória, em meio a muita controvérsia. Após uma enterrada muito original, colando um adesivo no topo da tabela e mostrando sua impulsão, os jurados avaliaram-no friamente e a torcida foi hostil com a decisão.

Para o público, ficou a certeza de que Howard merecia estar na decisão. O vídeo do treinamento das suas enterradas para a finalíssima bateu recordes de acessos no youtube. Ou seja, ficou a sensação geral (inclusive para mim) que o pivô do Magic foi injustiçado. E, pior, pelo mestre Michael Jordan - jurado que deu a menor pontuação.

Esta re-chamada, não usual, pode ser interpretada como um pedido de desculpas. Um reconhecimento de que Howard foi mal julgado. Uma forma (correta) de se redimir.

Mas, não foi só isso. A Liga anunciou que os fãs participarão da votação para definir o vencedor. Um pedido de desculpas para o público também. Este, no entanto, um pouco exagerado. Torcedores, por afinidade, votam nos jogadores de sua equipe e isso deixa a avaliação tão falha quanto antes.

domingo, 20 de janeiro de 2008

As opções para o Cavaliers

Alguns leitores do blog questionaram a validez da possível contratação de Mike Bibby pelo Cleveland Cavaliers. O leitor André pediu que eu postasse uma lista de todos os armadores que estão disponíveis no mercado. Bem, aqui está. Estas são algumas das opções de armadores que o mercado oferece ao Cavs, acompanhados por outras informações importantes:

- Mike Bibby

Time: Sacramento Kings
Idade: 29 anos
Contrato: 2 anos/ 28 milhões de dólares
Médias da carreira: 16.8 pontos, 3.3 rebotes, 6.2 assistências e 1.3 bolas roubadas
Médias da temporada passada: 17.1 pontos, 3.2 rebotes e 4.7 assistências.

- Andre Miller

Time: Philadelphia 76ers
Idade: 31 anos
Contrato: 2 anos/ 19.4 milhões de dólares
Médias da carreira: 14.2 pontos, 4.2 rebotes, 7.5 assistências e 1.4 bolas roubadas
Médias desta temporada: 16.2 pontos, 4.0 rebotes, 6.2 assistências e 1.2 bolas roubadas.

- Damon Stoudamire

Time: Memphis Grizzlies (próximo de ser dispensado)
Idade: 34 anos
Contrato: 2 anos/ 9.0 milhões de dólares
Médias da carreira: 13.8 pontos, 3.5 rebotes, 6.3 assistências e 1.1 bolas roubadas
Médias desta temporada: 7.3 pontos, 2.4 rebotes e 3.9 assistências.

- Jason Kidd

Time: New Jersey Nets
Idade: 34 anos
Contrato: 2 anos/ 41.0 milhões de dólares
Médias da carreira: 14.4 pontos, 6.7 rebotes, 9.2 assistências e 2.0 bolas roubadas
Médias desta temporada: 11.4 pontos, 8.6 rebotes, 10.7 assistências e 1.6 bolas roubadas.

- Jason Williams

Time: Miami Heat
Idade: 32 anos
Contrato: 1 ano/ 8.9 milhões de dólares
Médias da carreira: 11.5 pontos, 6.4 assistências e 1.3 bolas roubadas
Médias desta temporada: 8.9 pontos, 5.2 assistências e 1.4 bolas roubadas.

- Luke Ridnour

Time: Seattle Supersonics
Idade: 26 anos
Contrato: 3 anos/ 19.5 milhões de dólares
Médias da carreira: 9.4 pontos, 5.1 assistências e 1.1 bolas roubadas
Médias desta temporada: 6.0 pontos, 3.5 assistências e 1.3 desperdícios de bola.

- Carlos Arroyo

Time: Orlando Magic
Idade: 28 anos
Contrato: 1 ano/ 4.0 milhões de dólares
Médias da carreira: 7.0 pontos, 3.2 assistências e 1.3 desperdícios de bola.
Médias desta temporada: 6.6 pontos, 3.5 assistências e 1.1 desperdícios de bola.

Logicamente, relacionei apenas aqueles armadores que podem chegar ao time com capacidade de assumir a posição de titular. Assim, nomes disponíveis no mercado como Smush Parker e Mike Wilks não foram cogitados.

No entanto, relembro, estes são os jogadores que aparentam estar entre os "trocáveis" ou "dispensáveis". Nada impede que, em uma troca aleatória, algum outro armador venha para o Cleveland. Os nomes mais fortes para a vaga continuam sendo Mike Bibby, Andre Miller e Luke Ridnour.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Série Especial - Mid-Season (Times)

Fechando a série especial sobre o mercado desta mid-season, vou falar dos times que considero terem mais possibilidades de promover mudanças em seu plantel. Quando digo isto, não me refiro apenas à trocas, mas também a contratação de agentes livres. Ou seja, as duas primeiras partes desta série (jogadores trocáveis e free agents) unem-se para a construção desta última.

Tudo procede da mesma forma das postagens anteriores: ranking com base nos rumores postados pelo colega de NBA Jumper, Ricardo Romanelli, e na minha pesquisa por diversos sites americanos especializados.


1- Miami Heat: Há vários motivos que colocam o Heat como o número 1 da lista. Tudo começa pelo planejamento falho e a conseqüente péssima campanha na temporada. O treinador Pat Riley não esconde de ninguém que quer fazer uma "limpeza geral" no elenco. Ele está desesperado por um armador novo, e louco para despachar dois que estão sob seu comando: Jason Williams e Smush Parker. Jogadores como Ricky Davis e Udonis Haslem também não estão garantidos. Com uma troca de grandes proporções aproximando-se, é muito provável que o Heat ainda tenha que buscar agentes livres para "rechear" seu plantel, até o fim desta temporada. É um fortíssimo candidato a lidar com o mercado nas duas frentes possíveis (trocas e agentes livres).


2- Memphis Grizzlies: Damon Stoudamire, Pau Gasol, Juan Carlos Navarro e Mike Miller. São vários os potenciais negociáveis do Grizzlies. O interesse por tais jogadores, somado a péssima campanha, dão a entender que a franquia pode mexer profundamente com o seu elenco. Inicialmente, é bom lembrar que o Grizzlies tem apenas 14 jogadores e um deles sob contrato de 10 dias (Bobby Jones). Há pouco tempo, dispensou o bom Tarence Kinsey. É possível que os dirigentes planejem uma grande troca. Gasol é cada vez mais assediado pelo Bulls, e não parece empolgado com a possibilidade de continuar na terra de Elvis Presley. Se o espanhol for trocado, o conterrâneo Navarro pode ir junto, pois sua contratação foi (muito mais) um agrado ao astro. Mike Miller interessa ao Heat - que tem contratos expirantes a oferecer. E Damon Stoudamire vai embora, só não sabemos se trocado ou dispensado. Todos os caminhos levam o Grizzlies para o mercado.


3- Sacramento Kings: Dono do jogador mais disputado desta mid-season (Mike Bibby), dificilmente o elenco do Kings sairá ileso do período. Até porque o armador não é o único que está na mesa de negociações. Ron Artest é sempre motivo para uma boa conversa e os dirigentes não estão fechados a possibilidade de negociá-lo. Especialmente, porque há interessados com fortes moedas de troca (Knicks, Heat). Além disso, o Kings faz de tudo para empurrar junto com Bibby o contrato "ruim" do ala-pivô Kenny Thomas (3 anos, 23 milhões a receber). Os jogadores da franquia que interessam aos demais possuem contratos com valores altos e dão a entender que qualquer negócio feito com o Kings deverá envolver um pacotão. Isso significa que sobrarão atletas e dispensas serão necessárias.


4- Cleveland Cavaliers: Como já salientado em postagens passadas, o GM Danny Ferry está pressionado. A torcida clama por um armador que recoloque o Cavs entre os postulantes ao título e exigem o fim da inércia do dirigentes em relação ao mercado. E, se as negociações com o Kings (por Mike Bibby) continuam empacadas, moedas de troca não faltam para negociar. Drew Gooden tornou-se dispensável com a surpreendente subida de rendimento do brasileiro Anderson Varejão. Shannon Brown está brigado com a franquia e já possui certo valor de troca. Isso sem contar os sempre valiosos contratos expirantes (Devin Brown, Ira Newble, entre outros). Não é exagero dizer que a postura de Danny Ferry no mercado desta mid-season definirá as pretensões do Cavs na temporada e a credibilidade do dirigente junto aos fãs.


5- Milwaukee Bucks: O Bucks mostrou um súbito interesse em investir em negociações nesta mid-season. Como já disse, a franquia parece ter percebido que existe uma vaga no Leste esperando pela equipe mais ousada. A peça de troca primordial é Charlie Villanueva, promissor ala-pivô com prestígio entre as comissões técnicas da NBA. Ele pode ser uma aposta interessante para equipes como o Bulls, que não possui um pivô pontuador. Tem contratos expirantes (Voskuhl, Ruffin) e ainda quer se livrar do contrato inchadíssimo do ala Bobby Simmons. A grande pergunta é: o que o GM Larry Harris - que não é assíduo frequentador do mercado - conseguirá em troca destas peças? De repente, negociar não seja tão interessante assim.


6- Chicago Bulls: O Bulls já passou da hora de contratar um pivô que supra a necessidade ofensiva de seu garrafão - isso é um consenso entre todos e era o passo que separava o time da briga real pelo título. A questão é que nunca o ambiente da franquia precisou tanto de uma mega-negociação: o elenco está rachado e há uma clara falta de comando. Além disso, os dirigentes vivem o dilema de não ter espaço na folha salarial para renovar os contratos de dois de seus principais jogadores - Luol Deng e Ben Gordon - e vê-se na posição de escolher um. Todo o panorama leva o Bulls até uma grande troca que mexa drasticamente seu elenco. No entanto, a inércia e ponderação de Paxson ao lidar com o mercado são os grandes vilões da história e podem manter o Bulls pensando pequeno no Leste. O mais triste para o torcedor é que moedas de troca não faltam: Nocioni, Thomas, Noah, Gordon, Duhon...


7- Philadelphia 76ers: O Sixers vive caminho contrário ao da maioria. Há um mês atrás, tudo indicava que a franquia iria entrar com tudo no mercado e a troca do armador Andre Miller seria um fato inegável. Aqui estamos e os rumores começaram a cessar. Miller conseguiu reverter a situação em seu favor e, agora, os dirigentes dizem admitir negociá-lo, mas "não estarem ansiosos para isso". Enquanto isso, conversas sobre trocas envolvendo Samuel Dalembert, Shavlik Randolph, Willie Green e Kevin Ollie parecem não ter vingado. Ou seja: o GM Ed Stefanski, que chegou ávido por transações, pode acabar somente com a já realizada há algum tempo - adquiriu o contrato expirante de Gordan Giricek pelo ala-armador Kyle Korver.


8- Seattle Supersonics: O Sonics é outro caso peculiar da lista. A franquia não parecia ter grandes pretensões em relação ao mid-season market. Apesar de não fazer grande campanha, o time possui um claro projeto com visão de longo prazo e não intenciona resultados imediatos. No entanto, a atual procura por armadores acabou colocando-o no mapa dos rumores. Isso porque o elenco possui três jogadores da posição com rendimentos parecidos e, pela lógica, um teria que rodar. Tratam-se do veterano Earl Watson, o recém-chegado Delonte West e Luke Ridnour. O terceiro, com poucas oportunidades na rotação, é o que atrai mais interessados (Cavs, por exemplo). Com isso, o Sonics pode entrar no mercado com mais força e buscando eliminar, como contra-peso, o contrato mais "gordo" de sua folha salarial - Wally Szczerbiak. O Sonics pode acabar se tornando uma inusitada "vítima positiva" do rumores.


Como sempre, existem mais equipes que acredito que tenham potencial para movimentar o mercado. Destaco o Hornets como principal candidato off-ranking. Eles precisam reforçar seu banco de reservas e estão imbuídos neste sentido. A grande decepção pode ser o Magic, pois tem peças interessante de troca (Arroyo, Dooling, Evans) e o seu GM, Otis Smith, já declarou que os torcedores não devem ficar na espera de novos jogadores.

Com isso, fecho a série especial sobre a mid-season. Agradeço a todos que acompanharam as postagens e peço que continuem a visitar o blog, que continua como trabalho complementar ao realizado como articulista do NBA Jumper. Espero estar postando em um volume de três a cinco textos por semana aqui. Valerá a pena continuar acompanhando. Muito obrigado.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Série Especial - Mid-season (Free Agents)

Os agentes livres são os únicos jogadores que continuam movimentando o mercado após o trade deadline. Este marco da temporada finaliza a época em que as equipes podem negociar atletas entre si, mas não proíbe a contratação de jogadores sem time. Por isso, especialmente mais próximo dos playoffs, os agentes livres costumam ser bastante requisitados.

Procurados para reforçar equipes com vaga garantida à pós-temporada ou para iniciar um processo de renovação a ser concretizado na off-season, não são poucos os agentes livres que acabam recebendo mais atenção do que jogadores empregados. Principalmente, quando se tratam de veteranos tarimbados, com experiência em momentos decisivos e currículo de vitórias.

Aqui, listo os oito free agents que julgo os mais capacitados a causar furor entre as equipes da NBA. Apenas um dos jogadores relacionados (Stoudamire) não é agente livre no momento, mas tem boas chances de se tornar em breve e, por isso, já figura no ranking. A atual carência de pivôs na Liga influencia de forma vital a formação da lista:


1- Chris Webber: Um pivô experiente e de qualidade. Atualmente, o sonho da maioria. Não à toa, existe uma fila de times atrás dele. A recente declaração de que está perto de voltar já agitou os bastidores. Pistons, Suns, Mavs, Celtics, Magic e Lakers estão tentando sua contratação. Qual será a nova casa de Webber? Façam suas apostas. Todos estão abertos para receber um pivô de boa qualidade ofensiva, tarimbado e com a experiência necessária para aquecer as chances de um time chegar ao anel. Ele quer ser campeão!


2- Damon Stoudamire: Muito perto de receber o buyout do Grizzlies, Stoudamire é outro candidato forte a ajudar uma equipe na pós-temporada. É um jogador rodado, equilibrado e muito experiente. Como armador, sabe distribuir a bola e atacar - e tem discernimento para saber qual das duas opções é a ideal. Tem o perfil de atleta que enriquece um elenco na hora da decisão. Pena que não consegue criar o alvoroço de um Webber em tempos de escassez de pivôs. Raptors está interessado em contratá-lo.


3- PJ Brown: Um pivô experiente e de qualidade. Mesma frase inicial utilizada para definir Chris Webber. Não por acaso, Brown é a segunda opção de todos que correm atrás do ex-jogador do Kings. Enquanto Webber representa o pivô veterano de potencial ofensivo, PJ é a face do potencial defensivo. Além deste detalhe, o que diferencia os dois jogadores é que Brown ainda está indeciso entre encerrar sua carreira ou retornar à NBA. Por isso, não é digno de tanta atenção quanto o primeiro colocado da lista. Se decidir jogar, não faltarão pretendentes.


4- Tarence Kinsey: O ala não é ainda um nome familiar para a maioria, mas tem muito talento. Foi novato ano passado e só tem 23 anos. Quando teve tempo para atuar, arrebentou. Acabou sendo dispensado da franquia porque Memphis parece estar se preparando para fazer uma grande troca e precisava de espaço no seu plantel. Embora esteja sem equipe, já provou que pode ser muito útil se for utilizado da forma correta e ter tempo de quadra. É uma aposta muito interessante para times que querem reformular seus elencos. Uma pena que Kinsey não tenha experiência para atrair os principais "consumidores" dos agentes livres desta época: os times que vão aos playoffs.


5- Gary Payton: Payton é o tipo de armador que pode compor muito bem aquele elenco que está rumo a pós-temporada. Primeiro, porque possui vasta bagagem neste tipo de fase. Segundo, porque é exemplo de excelência quando fala-se em armadores: sabe atacar a cesta, organiza uma equipe, distribui a bola e, acima de tudo, defende com muita propriedade (fundamento que vem faltando a muitas jovens revelações). Se tudo isto não bastasse, Payton é exemplar enquanto profissional. Só não sacodirá o mercado porque já escolheu uma franquia como prioridade: Golden State Warriors. Se não for para lá, pode ser que se aposente. Especula-se que o Celtics também o quer.


6- Ruben Patterson: Dispensado pelo Clippers, poucos lembram que o jogador está à disposição. Trata-se de um versátil e voluntarioso ala, que sempre ajuda os times por onde passa. Só não foi bem sucedido em Los Angeles porque não houve espaço para ele na rotação. Patterson sabe fazer de tudo um pouco e não se importa em ser o coadjuvante. É o típico jogador de elenco, de grupo. Este perfil de atleta pode ser muito útil em momentos de tensão, como a pós-temporada. Só não pode ser encarado como “salvador da pátria”.


7- Anfernee Hardaway: A passagem pelo Heat, no início da temporada, provou que sua carreira ainda não acabou. Foi dispensado injustamente e ajudou a equipe em alguns jogos. No geral, pode avaliar a empreitada em Miami como positiva. Novamente no mapa da Liga, pode ser uma boa aquisição visando playoffs. É um atleta experiente e que já disputou uma final da NBA. O tempo e as contusões fizeram com que aprimorasse seu jogo coletivo. No Heat, mostrou uma face mais voluntariosa de seu jogo, arremessando menos e servindo mais os companheiros. Um jogador com este espírito e com a bagagem que já acumulou pode ter sua importância na hora de brigar pelo título.


8- Earl Boykins: Estou embasbacado com o fato de Boykins não estar empregado em nenhuma equipe da Liga. Ele fez boas temporadas nos últimos anos e tem qualidade para estar empregado. Possui um bom arremesso, razoável visão de jogo e lida muito bem com as limitações físicas. No entanto, este tempo fora dos holofotes pode ter feito com que “esquecessem” de sua disponibilidade. Fala-se em um interesse do Celtics, mas nada muito sério. Pesa contra Boykins também o fato de ele não ser um jogador com perfil de playoffs: sua defesa é fraca e porte físico, ruim.


Existem outros jogador que julgo terem condições de provocar interesse entre as equipes da NBA. Destaco três: Mike Wilks, DerMarr Johnson e Bobby Jones. No entanto, os oito acima são aqueles que, pelo que apresentaram até aqui, estão mais gabaritados para ajudar uma equipe em processo de reconstrução e, principalmente, a caminho dos playoffs.

Assim, concluo a segunda parte da análise sobre o mercado desta mid-season. Agradeço a todos os que visitam o blog e ao companheiro da equipe do NBA Jumper, Ricardo Romanelli, cujas informações postadas no site são base para meus rankings. Até a próxima parte.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Série Especial – Mid-season (Jogadores trocáveis)

Janeiro e fevereiro são os meses em que o mercado do entre-temporadas é aquecido. Próximo do trade deadline e com os elencos em análise, o período é de intenso trabalho nos bastidores. Dirigentes têm que provar porque ganham tanto. Jogadores fazem as malas. Treinadores sonham com atletas melhores. Jornalistas contactam suas fontes. Divertido mesmo, só para os torcedores... das franquias que negociam bem.

Esta postagem é para a previsão dos jogadores com as maiores chances de serem trocados. Este trabalho é baseado nos rumores postados pelo companheiro de equipe do NBA Jumper, Ricardo Romanelli, e naquilo que venho apurando, nas últimas semanas, em sites americanos. O ranking traz pequeno comentário do porquê do jogador estar para ser negociado:


1- Mike Bibby: O Kings não quer e não faz força para mantê-lo. Heat e Cavaliers estão muito interessados nele. É a junção da fome com a vontade de comer. O comentário geral é que leva Bibby quem tiver coragem de assumir um dos contratos "ruins" do time de Sacramento - Kenny Thomas ou Mikki Moore. Esta imposição estagnou as negociações com Danny Ferry e o Cavs. Com a vontade de Riley em fazer uma limpeza geral no elenco, o Heat pode acabar aceitando. A troca envolverá muitos nomes, provavelmente cinco ou mais jogadores. Certo mesmo é que Bibby só fica em Sacramento se as propostas finais por ele forem muito fracas.


2- Drew Gooden: A torcida pressiona e é uma obrigação dos dirigentes do Cavaliers trazer um armador para assumir a titularidade. Não importa qual seja o organizador, o pacote de jogadores a serem enviados pelo Cavs é encabeçado por Drew Gooden. O ala-pivô possui um contrato pesado e perdeu prestígio na franquia. Primando pela inconstância, perdeu espaço para o brasileiro Anderson Varejão, cada vez melhor e apoiado pela torcida. Quem vem? Pode ser Bibby, Kidd, Ridnour ou Miller. Quem vai? Gooden, com certeza.


3- Charlie Villanueva: O Bucks está muito interessado em movimentar o seu plantel. Parece estar vendo que há uma ou duas vagas no Leste esperando por equipes que ousem mais do que as outras. Com o congestionamento da rotação de pivôs no plantel, Villanueva - que, hoje, é banco de Yi Jianlian - aparece como uma forte moeda de troca. Ele tem prestígio com vários técnicos e dirigentes da Liga, além de muito potencial. É uma opção (quase) segura para diversas franquias e o passaporte para o Bucks buscar um ala que realmente supra suas necessidades. Bobby Simmons e Charlie Villanueva deverão formar um pacote muito comentado nessa mid-season.


4- Ben Gordon: Gordon está longe de comprometer no Bulls. Ele é um dos melhores scorers da Liga, jovem de potencial. Mas está pedindo demais para renovar seu contrato com a franquia e, se não for trocado agora, tem boas chances de sair por nada ao fim desta temporada. O Bulls não tem cap para cobrir uma proposta mais "robusta" e sempre teve como prioridade estender o vínculo com Luol Deng, que também será agente livre restrito no término da temporada. Com um contrato expirante e sua qualidade técnica, Ben Gordon é uma moeda de troca valiosa para que o Bulls consiga um pivô de qualidade ofensiva - problema latente do elenco, reclamado por torcida e crítica especializada.


5- Smush Parker: O armador não é de grande qualidade, mas ele foi tão criticado pelo técnico Pat Riley que nem tem mais clima para ficar em Miami. É uma troca certa. Na primeira negociação que a franquia arranjar, Parker deverá estar dentro. Para fechar com chave de ouro, ele meteu-se em problemas com a lei neste meio tempo e deu motivo para o treinador suspendê-lo. Provavelmente, será contra-peso em uma negociação - por Bibby, talvez. Riley não soube contratar nesta temporada e Smush é um dos karmas que acumulou.


Esta lista só inclui jogadores realmente representativos dentro de seus elencos, antes que alguém venha me apontar aquele cara que nem joga, mas tem um contratinho expirante e acaba entrando como figurante em um mega-pacote. Smush Parker pode ser encarado como exceção, já que nem vem atuando, mas o cara é bola tão certa e foi tão criticado por Riley que não podia ficar de fora da lista.

Existem muitos outros nomes quase certos em negociações nesta mid-season: Shannon Brown, Rodney Carney, Jason Williams, JJ Redick, Bobby Simmons, entre outros. Existem também nomes mais importantes que podem ser trocados: Pau Gasol, Jermaine O'Neal, Tracy McGrady e Jason Kidd. Mas os cinco citados na minha lista são aqueles que considero as bolas mais importantes (famosas) e cantadas nos pacotes de troca.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

"Eu fui chutado de lá"

Nesta semana, Allen Iverson (foto) enfrentou sua antiga equipe - o Philadelphia 76ers. O Nuggets venceu e o jogador fez 38 pontos. Tudo ia bem até a entrevista pós-jogo.

Quando questionado sobre como era jogar contra a franquia que defendeu pela maior parte da carreira, Iverson descarregou críticas sobre os dirigentes da Philadelphia. Seu remorso foi resumido na declaração:

"Eu fui chutado de lá como se eu tivesse passado apenas um dia no time"

Iverson deu tempo para a história cair no esquecimento da maioria e, agora, tentar assumir o posto de vítima. Aqueles que acompanharam a questão lembram-se: foi o jogador quem pediu para ser trocado e chegou a não participar de partidas até que sua negociação fosse firmada. Ou seja, forçou a troca.

Ao que parece, a situação foi mal administrada. A intenção de Iverson não era ser trocado, mas assustar os dirigentes da franquia e fazer com que eles reforçassem o elenco. O Sixers não compreendeu a indireta. O astro acreditou que os dirigentes teriam um pouco mais de "carinho" com ele. No fim, tiveram carinho até demais e abaixaram a cabeça. Sobrou rancor para todos: "cartolas" magoados, torcida abandonada e estrela contrariada.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Sem pressa... desta vez

Gilbert Arenas é, provavelmente, o jogador mais polêmico em atividade na NBA. Entre uma crítica e outra (sempre citando nomes) postada em seu blog, ele joga pelo Washington Wizards.

Contundiu-se logo no início da temporada e foi submetido a uma cirurgia. Este foi seu segundo procedimento cirúrgico em oito meses. Falando sobre a sua recuperação, ele soltou algumas informações bem interessantes.

A primeira, e que mais salta aos olhos, é a de que pensa em não jogar mais nesta temporada. Arenas está pensando em sua integridade física para o resto da carreira e não pretende apressar seu processo de recuperação. Este é um direito dele, além de uma postura sincera e sensata. O ideal para ele e para o Wizards é um Arenas 100% em quadra.

A segunda declaração é que sua intenção é não acelerar seu retorno por pouca coisa. Se o Wizards chegar ao fim da temporada brigando pela última vaga para os playoffs, o jogador não pretende colocar-se em risco por tal objetivo. Ele aceita voltar se a equipe tiver condições de ir longe na pós-temporada e precisar dele. Aqui temos um comentário mais ao estilo Arenas de ser: individualista e polêmico.

A terceira, mais discreta e interessante (ao menos para mim), foi solta quando Arenas disse estar totalmente focado na sua total recuperação física desta vez. Ele deu a entender que apressou ou foi apressado para voltar às quadras em contusões anteriores. Todos nós sabemos que, especialmente no ano passado e retrasado, o Wizards foi muito dependente do armador. Isso se torna claro quando lembramos que o último playoff da equipe de Washington, desfalcada de Arenas, foi um grande fracasso. Aí, é simples: só ligar os pontos. Este é o tipo de imediatismo que impera na NBA.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

O recorde obscuro

Nas últimas semanas, a campanha de 29 vitórias em 32 jogos vem levando muitos a questionarem a possibilidade do Celtics igualar os 72 triunfos acumulados pelo Bulls em uma única temporada, ainda durante a Era Jordan.

O reverso do Celtics é o Timberwolves. O time venceu apenas quatro de suas 32 partidas - pior campanha disparada da Liga. Assim como o Celtics sonha com a chance de quebrar o recorde positivo de campanha, o Twolves vive o pesadelo de poder "alcançar" o negativo.

O atual detentor da marca é o Philadelphia 76ers. Na temporada 1972-73, a franquia venceu só nove dos 82 embates enfrentados - ou seja, 11% de aproveitamento. O Timberwolves sagrou-se vitorioso em apenas 12.5% de seus confrontos, até agora.

Quando trocou Kevin Garnett pelo pacote advindo de Boston, o Twolves adicionou muitos jogadores talentosos, mas que nunca conseguiram "explodir" na NBA. O único firmado, e o principal destaque da atual equipe de Minnesota, é Al Jefferson (foto). Estes mesmos atletas haviam fracassado no Leste, com o Celtics. No Oeste, lado mais forte, nada mais lógico do que irem ainda pior. Dito e feito.

Existem ainda alguns outros complicadores. Randy Foye, talentoso armador e maior promessa da franquia, está machucado desde o início da temporada. Além disso, o treinador Randy Wittman mostra-se totalmente impotente e despreparado diante da situação. Alguma dúvida que este time tem chances de obter o recorde?