domingo, 21 de setembro de 2008
Notícias do fim de semana (19 a 21/09)
Recém-chegado ao Milwaukee Bucks, o armador Luke Ridnour vem arrancando elogios dos integrantes da franquia. Entre os satisfeitos com a nova aquisição está o ala-pivô Charlie Villanueva, que destacou o fato do novo companheiro ser um atleta que prioriza o passe.
Ridnour é o tipo de armador que agrada o novo técnico do Bucks, Scott Skiles. É um jogador voluntarioso, que prioriza o passe, não faz loucuras com a posse da bola e não congestiona a distribuição ofensiva. Nestes aspectos, lembra-me Kirk Hinrich - que armava o Bulls comandado pelo treinador. Indo mais longe, lembra o próprio Skiles quando jogava.
No entanto, é preciso dizer que o estilo passador de Ridnour também é produto da sua limitação ofensiva. Ele não é um jogador que ataca a cesta, não é atlético ou explosivo, nem é um arremessador de elite (41% nos tiros de quadra, 33% nas bolas de três pontos). De certa forma, passar é a saída.
Continuo achando que Ridnour não foi uma boa aquisição. Fisicamente, é frágil. Do ponto de vista financeiro, é um contrato ruim (2 anos, U$13 milhões). Sua última temporada foi bem desanimadora. Hoje, eu não apostaria nele. Mas, sob a tutela de um "professor" como Skiles, que entende como é ser armador, acho que existe uma boa chance de Ridnour ter um bom rendimento.
Robin Lopez, novato selecionado pelo Suns, está surpreendendo muita gente. Todos que acompanham os treinamentos do jovem pivô estão esperançosos com seu rendimento. Sua vitalidade física e senso de posicionamento são os aspectos mais elogiados pelos técnicos.
Eu acho que Robin é um pivô limitado, mas que se entrega em quadra e faz o "trabalho sujo" com grande excelência. Quando olho para seu jogo, sou remetido instantaneamente à Joakim Noah e ao brasileiro Anderson Varejão. No entanto, isso não é uma crítica. Hoje, ser limitado é uma constante entre os homens de garrafão da Liga. Para piorar, de alguns deles nem entrega dá para esperar.
No momento em que a escolha do Phoenix Suns foi anunciada, eu não gostei. Existiam outros pivôs tecnicamente melhores do que Lopez disponíveis. Hoje, confesso, a opção de Steve Kerr e da franquia é uma das que julgo mais corretas do recrutamento.
Hoje, Shaquille O'Neal funciona como um facilitador para o jogo de Amare Stoudemire. Com Shaq em quadra, o ala-pivô atua mais solto. Mas, aos 36 anos, o pivô não participará dos 48 minutos. Um substituto com as características de Lopez - defensivo, focado no "trabalho sujo" -, apesar de não ter a qualidade de Shaq, mantém a liberdade para Amare fazer seu jogo. Uma seleção consciente, que caminha para o sucesso.
Estão crescendo os rumores que apontam para o ala Lamar Odom virando reserva do Los Angeles Lakers. O novo integrante do quinteto inicial angelino seria Trevor Ariza, enquanto o ex-titular seria convertido em sexto jogador.
Eu concordo que o Lakers fica muito estático, por vezes literalmente lento, com Odom na ala, ao lado de dois atletas de garrafão. Com Ariza, a equipe ganha velocidade, agilidade e combatividade - o que Phil Jackson quer. No entanto, eu não sei se esta mudança vai dar certo, por melhor que tenha sido pensada.
Existem jogadores que tem perfil de titular. Lamar Odom é um deles. Existe um motivo para que, em 587 partidas profissionais por três times diferentes, o ala só tenha ficado na reserva em 14 oportunidades. Na minha opinião, Odom é um atleta com estilo de jogo para começar jogando, não sair do banco.
Quando eu penso em um sexto ou sétimo jogador, vejo alguém que pode mudar os rumos e o ritmo da partida. Alguém que aperte a defesa, que arremesse com qualidade a bola ou que abra espaços em quadra. Parece-me claro que Odom não é este tipo de jogador. Pelo contrário, nos últimos playoffs, ele foi muito criticado pela sua omissão e passividade.
Lamar Odom é um jogador que facilita a imposição do estilo de jogo - conhece os fundamentos, demarca espaços e pode jogar dentro e fora do garrafão. No entanto, não é um jogador para mudar a cara de uma partida - não é agressivo, veloz ou tem poder de abrir espaços em quadra.
Além disso, Trevor Ariza teve chances como titular em Nova York e Orlando e nunca se firmou, conseguiu agradar completamente. Ele, sim, é um atleta interessante para sair do banco - diminui espaços na defesa, é atlético, agressivo e explosivo.
Pelo que vejo, Jackson tem uma preocupação também de otimizar o elenco do Lakers. No meu entender, existem dois problemas dentro do plantel da franquia: as rotações de garrafão são fracas e falta um genuíno sexto jogador ao time. Com a mudança, Jackson acredita amenizar tais lacunas. Odom seria o primeiro reserva e uma teórica excelente opção para substituir Gasol, como ala-pivô.
Acho que Jackson encontrou uma solução interessante e inventiva para as limitações do elenco. Mas, pelo que conheço de Lamar Odom, não parece que dará certo. Não duvido que Phil possa fazer funcionar, pois ele sabe muito mais do esporte do que eu, embora ache bem complicado.
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2 comentários:
odom na reserva?
afff
ele é muito bom pra ser um sexto homem.... sem falar que nao tem caracteristicas pra isso....
ele é o bombril....faz tudo (nada muito excepcional mas faz de tudo)
enquanto um sexto homem precisa ser focado em defesa e shoots (de preferencia de 3pts)
Esse rapaz parece com varejão e noah não só pelo estilo de jogo, como podemos ver, hehe.
Gosto do Suns e até é o time que mais torço, mas não sei não, com treinador novo é realmente esperar pra ver.
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