quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Notícias do dia – 18/09

Enquanto o NBA Jumper está fora do ar, para manutenção técnica, eu estarei - sempre que possível - comentando as notícias diariamente por aqui. Você pode conferir notícias da NBA e do basquete internacional no portal Newsport, um novo trabalho paralelo que envolve a equipe do site.


O novato Michael Beasley foi multado pela Liga por estar envolvido no episódio do flagrante de maconha, com os também calouros Mario Chalmers e Darrell Arthur. Com o agravante de não ter colaborado com as investigações, o ala-pivô foi multado em U$50 mil - enquanto os dois "culpados" pagaram apenas U$20 mil. Leia mais!

Desde que apareceu o rumor de que Beasley estaria envolvido com o flagrante, eu acreditei. Não por qualquer tipo de antipatia, mas porque fazia mais sentido do que deveria:

- Chalmers e Arthur estudaram na Universidade de Kansas. Beasley, em Kansas State. Não é difícil imaginar que os três se conheçam ou tenham afinidade.
- Chalmers e Beasley vão jogar pela mesma equipe - o Miami Heat.
- Beasley sempre foi um jogador de comportamento extra-quadra reprovável. Comportamento que levou Pat Riley a ser contra sua escolha no draft.
- Se alguém quisesse chamar a atenção, teria citado o número um do recrutamento, Derrick Rose, não o segundo.

Fica a pergunta: se a infração de Beasley foi mais grave, por que não recebeu uma punição pública tão severa quanto Chalmers e Arthur? Por que Stern não fez seu showzinho também, expulsou-o do Programa de Transição? A verdade é que o executivo-mor da Liga sabe que arranhar um potencial astro é algo perigoso.

Stern fez os novatos "mais baixos" - por mais que sejam dois ótimos jogadores - de exemplo. Tudo muito bonito, mas ficam mais perguntas: o Programa de Transição não foi criado para proteger e conscientizar os jovens jogadores? Será que estão cumprindo com o objetivo principal ao, literalmente, queimar dois garotos - entregá-los, algemados, para a imprensa?

Isso sem contar as questões menores: como três atletas fogem de um sistema de internato da NBA para ir a um hotel de Nova York com maconha? Por que acreditar que Beasley não usou drogas e não acreditar que Chalmers e Arthur não o fizeram também? O buraco é (muito) mais embaixo.


Segundo um jornal da Florida, o Miami Heat está interessado em adquirir o armador Jamaal Tinsley, que o Indiana Pacers está desesperado para trocar. O problema que impede a negociação de prosseguir é a exigência dos dirigentes de Indianapolis.

O Heat quer ceder o armador Marcus Banks e, provavelmente, mais um contrato menor. O Pacers quer o ala-pivô Udonis Haslem. Por Haslem - que, apesar de provável reserva, deverá ter muita importância na rotação de Erik Spoelstra -, a franquia da Florida não troca.

A lógica já foi explicada por mim mesmo, na última postagem do blog: por que dar alguém importante para o Pacers, se a equipe já disse que está disposta a dispensá-lo? Por que pagar por algo que, em breve, poderá sair de graça? O que o Pacers tem em mãos é isso: proposta ruins, envolvendo atletas ou contratos ruins.

Como é sabido, Banks é terceira opção de armação do Heat - uma terceira opção que ganha mais do que as duas principais. Por outro lado, Haslem é valioso. Está nos planos de Spoelstra, que pretende treiná-lo na formação com Marion e Beasley - mais vulnerável, porém de mais qualidade. Depois de Bird achincalhar publicamente Tinsley, as duas opções para o Pacers são: dispensá-lo ou trocá-lo pelos restos (caros) dos outros.


O Detroit Pistons ofereceu um novo contrato para o pivô Jason Maxiell. O jogador, com vínculo atual terminando ao fim da temporada 2008-2009, recebeu uma oferta de extensão de U$15 milhões, por três anos. Leia mais!

Maxiell é um talento, um ótimo jogador de garrafão. Ser reserva do Pistons não ajuda a perceber sua qualidade técnica, que vai muito além dos 7.9 pontos e 5.3 rebotes anotados na última temporada. Ele é atlético, explosivo, defende bem e sabe atacar a cesta. Acho que, pela média qualitativa dos pivôs da NBA, mereceria mais do que U$5 milhões por temporada.

No entanto, se for esperto, Maxiell aceitará a proposta. Como já disse, ser suplente do Pistons mantém o pivô parcialmente "escondido" e, assim, é difícil confiar que aparecerão ofertas mais substancias. Além disso, encarar o mercado da próxima off-season é incerto: a maioria dos times pensa em guardar dinheiro para o verão de 2010 e nomes como Okur, Boozer, Turkoglu, Artest e Marion capitalizam a pouca atenção restante.

Saindo do banco para jogar cerca de 22 minutos por jogo, em um time forte e equilibrado, é difícil imaginar que Maxiell fará mais do que uns nove pontos e seis rebotes de média. Com tais números, é complicado apostar que alguém vá desistir do sonho de ter LeBron ou Wade para gastar dinheiro com Maxiell. E, mesmo assim, a franquia do Michigan pode cobrir qualquer proposta externa.


Hoje, o Newsport noticiou que o armador Stephon Marbury deverá ser dispensado pelo New York Knicks. Leia aqui! No entanto, o que eu apurei indica para o completo oposto.

Ontem, participei de um chat com Steve Kyler, do site HoopsWorld, uma das principais fontes de informação do NBA Jumper. Ele garantiu-me que Marbury, por enquanto, fica no Knicks. Como já havia noticiado no site, há algumas semanas, a comissão técnica pretende testar o armador no sistema rápido de jogo que será implantado por Mike D'Antoni.

Se não mostrar afinidade, o Knicks deverá tentar uma negociação de buyout. Caso contrário, Marbury fica. E há boas chances dele conseguir sobrevida em Nova York. Além de, segundo especialistas, estar na sua melhor forma física em anos, ele possui um ímpeto ofensivo - senso de ataque - muito comum aos armadores do run and gun.

Existem outros fatores que conspiram para a permanência de Marbury. O armador possui boa relação com D'Antoni, com quem já trabalhou no Suns - quando o treinador ainda era assistente técnico. E, principalmente, Donnie Walsh mostra particular esforço em fazer com que o contrato do armador expire em Nova York, aliviando a folha salarial da equipe. Com U$22 milhões fora do orçamento, o Knicks ficaria próximo do limite salarial da Liga.

Ainda existe uma última questão: os dirigentes de Nova York preocupam-se com a possibilidade de dispensar Marbury e colocá-lo à disposição, pelo mínimo para veteranos, para potenciais concorrentes. Ou seja, acreditam que o desempenho abaixo do esperado do armador pode estar mais relacionado ao ambiente da franquia do que à qualidade individual dele.

Apesar de ainda não estar com o elenco, Marbury é esperado para os treinamentos de pré-temporada, que começam no próximo dia 29. Neste momento, aposto que o armador começa a temporada no Knicks.

3 comentários:

Anônimo disse...

beasley : por favor nao estrague sua carreira brilhante.... vc joga mto

tinsley : tomara que venha pro heat a preço de banana =D

maxiel : joga mto ele, é bem util... e fadeaway muito bom de media distancia....

marbury : ....melhor ficar no knicks mesmo....

Anônimo disse...

Acho que deixar Marbury lá é a melhor saída para o Knicks. O time não deve chegar a lugar algum mesmo nessa temporada (embora o leste seja fraco), e o objetivo principal é chegar, mas não agora.

Anônimo disse...

E o NBA Jumper ? Quando volta ?