Para os times, as Ligas de Verão e partidas de pré-temporada são importantes. Dá a oportunidade para que as franquias observem atletas jovens e de menor expressão, além de dar ritmo para tais jogadores, que nunca terão maior tempo de quadra do que na fase de preparação.
Por outro lado, para os torcedores, são potenciais momentos de enganação. A verdade é que é muito mais fácil se destacar neste momento. E o torcedor fica imaginando que aquele calouro que fez 40 pontos em um jogo é um futuro astro e/ou que o cara que nunca ouviu falar o nome pode ser uma boa contratação porque deu 15 assistências.
São níveis de competição diferentes, bem (bem mesmo) mais modestos do que os do basquete profissional. Existe um abismo entre jogar contra aquele cara que você enfrentou na NCAA, um outro que já jogou algum tempo na Liga de Desenvolvimento e o Kevin Garnett. Sempre foi e vai ser assim. Quando for diferente, estaremos com um problema.
Esperar que um novato vá bem é normal. A questão é o que se define como ir bem. O que eu tentarei fazer aqui é passar um panorama (ao máximo) realista do que você pode esperar do novato de primeira rodada da sua equipe, da função que ele terá/poderá ter dentro do time. De qualquer forma, você vai perceber, isso acaba um pouco influenciado pelas minhas opiniões sobre cada um.
Esta é a primeira parte da análise:
30. JR Giddens (Boston Celtics)
O Celtics selecionou Giddens sob a possibilidade de perder Sam Cassell para a aposentadoria e Eddie House para o mercado. Os dois vão voltar. Giddens passou a ser a quinta opção de armação do time, estando atrás de Rondo, Cassell, House e Gabe Pruitt. O destino do calouro será o mesmo que Pruitt teve em 2007-2008 – sem espaço, passou a maior parte do tempo na Liga de Desenvolvimento. Se entrar em quadra mais de 20 vezes na temporada, pode se considerar um vencedor.
29. DJ White (Oklahoma City Thunder)
O Thunder deu duas escolhas de segunda rodada para o Pistons, para garantir a seleção de White. Ele é um bom ala-pivô, experiente e pronto para a NBA. É visível que a franquia tem pretensões para DJ. Com certeza, estará na rotação de garrafão do time. Salvo uma série de lesões de outros atletas ou adaptação muito rápida, ficará no banco – mas não vai mofar por lá. White não será um craque, mas é um daqueles jogadores que podem ajudar de imediato.
28. Donte Greene (Sacramento Kings)
Ele teve espetaculares atuações nas Ligas de Verão, o que, como já disse, não significa que vá ser um gênio do basquete. A troca do Rockets para o Kings foi muito positiva – Greene deverá ter um papel muito importante na franquia de Sacramento. Pelo elenco, prevejo o ala como um dos principais jogadores do banco de reservas ou, até mesmo, um titular. Donte é muito talentoso, atlético e pontua com grande facilidade. Greene será valioso para o Kings.
27. Darrell Arthur (Memphis Grizzlies)
Darrell Arthur será de extrema valia para o Grizzlies. A rotação de pivôs do time é inexperiente e, em conseqüência, fraca. Inicialmente, o ala-pivô será reserva, mas vai ter um bom tempo de quadra. Ele é mais jogador do que os quatro companheiros – Milicic, Gasol, Warick e Ehadadi – e acredito que possa acabar a temporada como titular. Arthur tem físico desenvolvido, sabe arremessar e jogar dentro do garrafão. Mas, acima de tudo, terá espaço para mostrar todas as suas virtudes.
26. George Hill (San Antonio Spurs)
Hill entra em uma complicada briga pelo posto de reserva de Tony Parker. Esteve péssimo nas Ligas de Verão (acertou apenas dois de 25 arremessos, em três jogos). No entanto, os outros armadores também não empolgam: oscilam entre não-comprometer (Vaughn, Mason) e a inexperiência (Stoudamire, Farmer). A lesão de Ginobili favorece Hill, que é combo guard e compõem também na posição dois. Além disso, ele é o tipo de jogador atlético e explosivo que o veterano plantel texano carece. Acredito que possa ter um papel maior do que muitos esperam, mas precisa “vencer a seletiva”.
25. Nicolas Batum (Portland Trail Blazers)
Batum esteve muito mal nas Ligas de Verão, um rendimento que credenciava o retorno por mais um ou dois para o basquete europeu. No entanto, o time quis aproveitar a oportunidade e assinar logo. Certo seria mantê-lo por lá. Ele tem habilidade para ser um bom jogador na NBA, mas precisará de tempo para se adaptar. O desempenho fraco certamente vai limitar suas chances de jogo, ainda mais porque a rotação Outlaw/Webster será uma guerra – provavelmente, um deles não continuará na franquia para o futuro.
24. Serge Ibaka (Oklahoma City Thunder)
O pivô congolês ficará na Europa por mais um ou dois anos. É muito atlético, mas precisa de tempo para desenvolver mais suas habilidades. Ainda não está preparado. No momento certo, tem oportunidade de ser um pivô sólido dentro da Liga. Para uma franquia com tempo, como o Thunder, vale a pena esperar.
23. Kosta Koufos (Utah Jazz)
Certamente, Koufos não é o pivô defensivo que o Jazz precisa (e nunca será). Mas ele é um bom homem de garrafão – melhor do que Kyrylo Fesenko e Jarron Collins. A tendência é que o novato assuma, ao lado de Paul Millsap, o papel de dupla de suplentes de Mehmet Okur e Carlos Boozer. Na teoria, será o reserva do turco, pois tem um estilo ofensivo de jogo muito parecido com o de Okur. Não dá para pensar em um time do Jerry Sloan jogando com os dois juntos. Ele não é (exatamente) o que o Jazz procurava, mas será importante.
22. Courtney Lee (Orlando Magic)
Lee esteve muito bem na Liga de Verão, mostrando o que o Magic esperava: defesa agressiva e versatilidade ofensiva. Ele realmente pareceu uma versão melhorada de Maurice Evans – o que, porém, não lhe dará uma vaga entre os titulares. Pelo congestionamento da rotação de SGs da equipe – com Bogans, Pietrus e Redick –, é difícil definir quanto tempo Lee vai jogar. Certo é que, no sistema de quatro atletas abertos do treinador Stan Van Gundy, o ala-armador irá ganhar muitos minutos, porque o banco do Magic carece de alas.
21. Ryan Anderson (New Jersey Nets)
Hoje, o Nets tem sete jogadores de garrafão em seu elenco e Anderson não me parece ser o especial. Na boa Liga de Verão que realizou, deu uma mostra de quem é: um ala-pivô com bom arremesso, mas sem força física para desafiar os garrafões da NBA. Pelo que vi, é uma versão menos talentosa e versátil do chinês Yi Jianlian. Salvo uma grande mudança, Anderson não será titular. Se o asiático for, vai ser positivo para o novato: pelo estilo parecido, seria o substituto em potencial. Se não acontecer, o jovem é candidato forte à D-League – Eduardo Najera, Josh Boone e Sean Williams são mais capazes de dar ajuda imediata, já Ryan precisa “encorpar” mais.
20. Alexis Ajinca (Charlotte Bobcats)
O pivô francês deverá ficar mais tempo no basquete europeu ou na Liga de Desenvolvimento, aprimorando seu jogo. Sem dúvidas, a decisão certa. Ajinca é um talento, mas está muito “cru” e precisa melhorar. Ele ainda não é um grande destaque no panorama europeu, mas é esforçado e possui potencial.
19. JJ Hickson (Cleveland Cavaliers)
O Cavaliers coloca muita fé em Hickson, credenciado pelo ótimo rendimento na Liga de Verão. Ele é forte, inteligente e sabe pontuar. Mostrando empenho na defesa (algo básico), vai ser um dos pivôs que sairá do banco – o outro é Varejão – para substituir os titulares Zydrunas Ilgauskas e Ben Wallace. Dois veteranos, que poderão ser muito poupados. Em Cleveland, não faltará espaço para JJ atuar. Tudo conspira para que o novato inicie bem a carreira.
18. JaVale McGee (Washington Wizards)
Para mim, McGee ainda não está preparado para o basquete profissional. Tem talento e potencial, mas não tem rodagem. Não foi mal na Liga de Verão, mas também não se destacou. Com o retorno de Etan Thomas, é provável que o calouro seja incluído aos poucos no time, preenchendo as lacunas de tempo deixadas pela rotação Brendan Haywood/Thomas. É a forma certa de ir ambientando um atleta jovem como McGee. No entanto, acho que o seu destino deveria ser uma temporada na D-League.
17. Rot Hibbert (Indiana Pacers)
Hibbert é um dos meus novatos favoritos e o pivô mais preparado para jogar na Liga, considerando o “pacote” experiência e técnica. Seu papel no Pacers dependerá de como o treinador Jim O’Brien pretende dispor o time em quadra. Se jogarem correndo, o calouro não terá espaço. Em meia-quadra, será uma excelente e pronta opção para jogar. Jeff Foster, há anos em Indianapolis e profissional exemplar, será o titular e líder da equipe. É muito provável que Hibbert seja o seu reserva, com algo como 20 minutos por partida.
16. Marreese Speights (Philadelphia 76ers)
Na última temporada, o Sixers sentiu falta de um pivô com alta capacidade de pontuação. Speights tem este perfil, assim como Elton Brand. Pelo que vi do novato, ele tem um estilo (ofensivo) de atuar parecido com o do recém-contratado. Ou seja, deverá ser o reserva ideal. Com a séria contusão do secundarista Jason Smith, Speights perde um dos concorrentes por tempo de quadra. A tendência é que, junto com Reggie Evans e o veterano Theo Ratliff, Marreese reveze na substituição dos titulares Dalembert e Brand.
domingo, 28 de setembro de 2008
domingo, 21 de setembro de 2008
Notícias do fim de semana (19 a 21/09)
Recém-chegado ao Milwaukee Bucks, o armador Luke Ridnour vem arrancando elogios dos integrantes da franquia. Entre os satisfeitos com a nova aquisição está o ala-pivô Charlie Villanueva, que destacou o fato do novo companheiro ser um atleta que prioriza o passe.
Ridnour é o tipo de armador que agrada o novo técnico do Bucks, Scott Skiles. É um jogador voluntarioso, que prioriza o passe, não faz loucuras com a posse da bola e não congestiona a distribuição ofensiva. Nestes aspectos, lembra-me Kirk Hinrich - que armava o Bulls comandado pelo treinador. Indo mais longe, lembra o próprio Skiles quando jogava.
No entanto, é preciso dizer que o estilo passador de Ridnour também é produto da sua limitação ofensiva. Ele não é um jogador que ataca a cesta, não é atlético ou explosivo, nem é um arremessador de elite (41% nos tiros de quadra, 33% nas bolas de três pontos). De certa forma, passar é a saída.
Continuo achando que Ridnour não foi uma boa aquisição. Fisicamente, é frágil. Do ponto de vista financeiro, é um contrato ruim (2 anos, U$13 milhões). Sua última temporada foi bem desanimadora. Hoje, eu não apostaria nele. Mas, sob a tutela de um "professor" como Skiles, que entende como é ser armador, acho que existe uma boa chance de Ridnour ter um bom rendimento.
Robin Lopez, novato selecionado pelo Suns, está surpreendendo muita gente. Todos que acompanham os treinamentos do jovem pivô estão esperançosos com seu rendimento. Sua vitalidade física e senso de posicionamento são os aspectos mais elogiados pelos técnicos.
Eu acho que Robin é um pivô limitado, mas que se entrega em quadra e faz o "trabalho sujo" com grande excelência. Quando olho para seu jogo, sou remetido instantaneamente à Joakim Noah e ao brasileiro Anderson Varejão. No entanto, isso não é uma crítica. Hoje, ser limitado é uma constante entre os homens de garrafão da Liga. Para piorar, de alguns deles nem entrega dá para esperar.
No momento em que a escolha do Phoenix Suns foi anunciada, eu não gostei. Existiam outros pivôs tecnicamente melhores do que Lopez disponíveis. Hoje, confesso, a opção de Steve Kerr e da franquia é uma das que julgo mais corretas do recrutamento.
Hoje, Shaquille O'Neal funciona como um facilitador para o jogo de Amare Stoudemire. Com Shaq em quadra, o ala-pivô atua mais solto. Mas, aos 36 anos, o pivô não participará dos 48 minutos. Um substituto com as características de Lopez - defensivo, focado no "trabalho sujo" -, apesar de não ter a qualidade de Shaq, mantém a liberdade para Amare fazer seu jogo. Uma seleção consciente, que caminha para o sucesso.
Estão crescendo os rumores que apontam para o ala Lamar Odom virando reserva do Los Angeles Lakers. O novo integrante do quinteto inicial angelino seria Trevor Ariza, enquanto o ex-titular seria convertido em sexto jogador.
Eu concordo que o Lakers fica muito estático, por vezes literalmente lento, com Odom na ala, ao lado de dois atletas de garrafão. Com Ariza, a equipe ganha velocidade, agilidade e combatividade - o que Phil Jackson quer. No entanto, eu não sei se esta mudança vai dar certo, por melhor que tenha sido pensada.
Existem jogadores que tem perfil de titular. Lamar Odom é um deles. Existe um motivo para que, em 587 partidas profissionais por três times diferentes, o ala só tenha ficado na reserva em 14 oportunidades. Na minha opinião, Odom é um atleta com estilo de jogo para começar jogando, não sair do banco.
Quando eu penso em um sexto ou sétimo jogador, vejo alguém que pode mudar os rumos e o ritmo da partida. Alguém que aperte a defesa, que arremesse com qualidade a bola ou que abra espaços em quadra. Parece-me claro que Odom não é este tipo de jogador. Pelo contrário, nos últimos playoffs, ele foi muito criticado pela sua omissão e passividade.
Lamar Odom é um jogador que facilita a imposição do estilo de jogo - conhece os fundamentos, demarca espaços e pode jogar dentro e fora do garrafão. No entanto, não é um jogador para mudar a cara de uma partida - não é agressivo, veloz ou tem poder de abrir espaços em quadra.
Além disso, Trevor Ariza teve chances como titular em Nova York e Orlando e nunca se firmou, conseguiu agradar completamente. Ele, sim, é um atleta interessante para sair do banco - diminui espaços na defesa, é atlético, agressivo e explosivo.
Pelo que vejo, Jackson tem uma preocupação também de otimizar o elenco do Lakers. No meu entender, existem dois problemas dentro do plantel da franquia: as rotações de garrafão são fracas e falta um genuíno sexto jogador ao time. Com a mudança, Jackson acredita amenizar tais lacunas. Odom seria o primeiro reserva e uma teórica excelente opção para substituir Gasol, como ala-pivô.
Acho que Jackson encontrou uma solução interessante e inventiva para as limitações do elenco. Mas, pelo que conheço de Lamar Odom, não parece que dará certo. Não duvido que Phil possa fazer funcionar, pois ele sabe muito mais do esporte do que eu, embora ache bem complicado.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Notícias do dia – 18/09
Enquanto o NBA Jumper está fora do ar, para manutenção técnica, eu estarei - sempre que possível - comentando as notícias diariamente por aqui. Você pode conferir notícias da NBA e do basquete internacional no portal Newsport, um novo trabalho paralelo que envolve a equipe do site.
O novato Michael Beasley foi multado pela Liga por estar envolvido no episódio do flagrante de maconha, com os também calouros Mario Chalmers e Darrell Arthur. Com o agravante de não ter colaborado com as investigações, o ala-pivô foi multado em U$50 mil - enquanto os dois "culpados" pagaram apenas U$20 mil. Leia mais!
Desde que apareceu o rumor de que Beasley estaria envolvido com o flagrante, eu acreditei. Não por qualquer tipo de antipatia, mas porque fazia mais sentido do que deveria:
- Chalmers e Arthur estudaram na Universidade de Kansas. Beasley, em Kansas State. Não é difícil imaginar que os três se conheçam ou tenham afinidade.
- Chalmers e Beasley vão jogar pela mesma equipe - o Miami Heat.
- Beasley sempre foi um jogador de comportamento extra-quadra reprovável. Comportamento que levou Pat Riley a ser contra sua escolha no draft.
- Se alguém quisesse chamar a atenção, teria citado o número um do recrutamento, Derrick Rose, não o segundo.
Fica a pergunta: se a infração de Beasley foi mais grave, por que não recebeu uma punição pública tão severa quanto Chalmers e Arthur? Por que Stern não fez seu showzinho também, expulsou-o do Programa de Transição? A verdade é que o executivo-mor da Liga sabe que arranhar um potencial astro é algo perigoso.
Stern fez os novatos "mais baixos" - por mais que sejam dois ótimos jogadores - de exemplo. Tudo muito bonito, mas ficam mais perguntas: o Programa de Transição não foi criado para proteger e conscientizar os jovens jogadores? Será que estão cumprindo com o objetivo principal ao, literalmente, queimar dois garotos - entregá-los, algemados, para a imprensa?
Isso sem contar as questões menores: como três atletas fogem de um sistema de internato da NBA para ir a um hotel de Nova York com maconha? Por que acreditar que Beasley não usou drogas e não acreditar que Chalmers e Arthur não o fizeram também? O buraco é (muito) mais embaixo.
Segundo um jornal da Florida, o Miami Heat está interessado em adquirir o armador Jamaal Tinsley, que o Indiana Pacers está desesperado para trocar. O problema que impede a negociação de prosseguir é a exigência dos dirigentes de Indianapolis.
O Heat quer ceder o armador Marcus Banks e, provavelmente, mais um contrato menor. O Pacers quer o ala-pivô Udonis Haslem. Por Haslem - que, apesar de provável reserva, deverá ter muita importância na rotação de Erik Spoelstra -, a franquia da Florida não troca.
A lógica já foi explicada por mim mesmo, na última postagem do blog: por que dar alguém importante para o Pacers, se a equipe já disse que está disposta a dispensá-lo? Por que pagar por algo que, em breve, poderá sair de graça? O que o Pacers tem em mãos é isso: proposta ruins, envolvendo atletas ou contratos ruins.
Como é sabido, Banks é terceira opção de armação do Heat - uma terceira opção que ganha mais do que as duas principais. Por outro lado, Haslem é valioso. Está nos planos de Spoelstra, que pretende treiná-lo na formação com Marion e Beasley - mais vulnerável, porém de mais qualidade. Depois de Bird achincalhar publicamente Tinsley, as duas opções para o Pacers são: dispensá-lo ou trocá-lo pelos restos (caros) dos outros.
O Detroit Pistons ofereceu um novo contrato para o pivô Jason Maxiell. O jogador, com vínculo atual terminando ao fim da temporada 2008-2009, recebeu uma oferta de extensão de U$15 milhões, por três anos. Leia mais!
Maxiell é um talento, um ótimo jogador de garrafão. Ser reserva do Pistons não ajuda a perceber sua qualidade técnica, que vai muito além dos 7.9 pontos e 5.3 rebotes anotados na última temporada. Ele é atlético, explosivo, defende bem e sabe atacar a cesta. Acho que, pela média qualitativa dos pivôs da NBA, mereceria mais do que U$5 milhões por temporada.
No entanto, se for esperto, Maxiell aceitará a proposta. Como já disse, ser suplente do Pistons mantém o pivô parcialmente "escondido" e, assim, é difícil confiar que aparecerão ofertas mais substancias. Além disso, encarar o mercado da próxima off-season é incerto: a maioria dos times pensa em guardar dinheiro para o verão de 2010 e nomes como Okur, Boozer, Turkoglu, Artest e Marion capitalizam a pouca atenção restante.
Saindo do banco para jogar cerca de 22 minutos por jogo, em um time forte e equilibrado, é difícil imaginar que Maxiell fará mais do que uns nove pontos e seis rebotes de média. Com tais números, é complicado apostar que alguém vá desistir do sonho de ter LeBron ou Wade para gastar dinheiro com Maxiell. E, mesmo assim, a franquia do Michigan pode cobrir qualquer proposta externa.
Hoje, o Newsport noticiou que o armador Stephon Marbury deverá ser dispensado pelo New York Knicks. Leia aqui! No entanto, o que eu apurei indica para o completo oposto.
Ontem, participei de um chat com Steve Kyler, do site HoopsWorld, uma das principais fontes de informação do NBA Jumper. Ele garantiu-me que Marbury, por enquanto, fica no Knicks. Como já havia noticiado no site, há algumas semanas, a comissão técnica pretende testar o armador no sistema rápido de jogo que será implantado por Mike D'Antoni.
Se não mostrar afinidade, o Knicks deverá tentar uma negociação de buyout. Caso contrário, Marbury fica. E há boas chances dele conseguir sobrevida em Nova York. Além de, segundo especialistas, estar na sua melhor forma física em anos, ele possui um ímpeto ofensivo - senso de ataque - muito comum aos armadores do run and gun.
Existem outros fatores que conspiram para a permanência de Marbury. O armador possui boa relação com D'Antoni, com quem já trabalhou no Suns - quando o treinador ainda era assistente técnico. E, principalmente, Donnie Walsh mostra particular esforço em fazer com que o contrato do armador expire em Nova York, aliviando a folha salarial da equipe. Com U$22 milhões fora do orçamento, o Knicks ficaria próximo do limite salarial da Liga.
Ainda existe uma última questão: os dirigentes de Nova York preocupam-se com a possibilidade de dispensar Marbury e colocá-lo à disposição, pelo mínimo para veteranos, para potenciais concorrentes. Ou seja, acreditam que o desempenho abaixo do esperado do armador pode estar mais relacionado ao ambiente da franquia do que à qualidade individual dele.
Apesar de ainda não estar com o elenco, Marbury é esperado para os treinamentos de pré-temporada, que começam no próximo dia 29. Neste momento, aposto que o armador começa a temporada no Knicks.
O novato Michael Beasley foi multado pela Liga por estar envolvido no episódio do flagrante de maconha, com os também calouros Mario Chalmers e Darrell Arthur. Com o agravante de não ter colaborado com as investigações, o ala-pivô foi multado em U$50 mil - enquanto os dois "culpados" pagaram apenas U$20 mil. Leia mais!
Desde que apareceu o rumor de que Beasley estaria envolvido com o flagrante, eu acreditei. Não por qualquer tipo de antipatia, mas porque fazia mais sentido do que deveria:
- Chalmers e Arthur estudaram na Universidade de Kansas. Beasley, em Kansas State. Não é difícil imaginar que os três se conheçam ou tenham afinidade.
- Chalmers e Beasley vão jogar pela mesma equipe - o Miami Heat.
- Beasley sempre foi um jogador de comportamento extra-quadra reprovável. Comportamento que levou Pat Riley a ser contra sua escolha no draft.
- Se alguém quisesse chamar a atenção, teria citado o número um do recrutamento, Derrick Rose, não o segundo.
Fica a pergunta: se a infração de Beasley foi mais grave, por que não recebeu uma punição pública tão severa quanto Chalmers e Arthur? Por que Stern não fez seu showzinho também, expulsou-o do Programa de Transição? A verdade é que o executivo-mor da Liga sabe que arranhar um potencial astro é algo perigoso.
Stern fez os novatos "mais baixos" - por mais que sejam dois ótimos jogadores - de exemplo. Tudo muito bonito, mas ficam mais perguntas: o Programa de Transição não foi criado para proteger e conscientizar os jovens jogadores? Será que estão cumprindo com o objetivo principal ao, literalmente, queimar dois garotos - entregá-los, algemados, para a imprensa?
Isso sem contar as questões menores: como três atletas fogem de um sistema de internato da NBA para ir a um hotel de Nova York com maconha? Por que acreditar que Beasley não usou drogas e não acreditar que Chalmers e Arthur não o fizeram também? O buraco é (muito) mais embaixo.
Segundo um jornal da Florida, o Miami Heat está interessado em adquirir o armador Jamaal Tinsley, que o Indiana Pacers está desesperado para trocar. O problema que impede a negociação de prosseguir é a exigência dos dirigentes de Indianapolis.
O Heat quer ceder o armador Marcus Banks e, provavelmente, mais um contrato menor. O Pacers quer o ala-pivô Udonis Haslem. Por Haslem - que, apesar de provável reserva, deverá ter muita importância na rotação de Erik Spoelstra -, a franquia da Florida não troca.
A lógica já foi explicada por mim mesmo, na última postagem do blog: por que dar alguém importante para o Pacers, se a equipe já disse que está disposta a dispensá-lo? Por que pagar por algo que, em breve, poderá sair de graça? O que o Pacers tem em mãos é isso: proposta ruins, envolvendo atletas ou contratos ruins.
Como é sabido, Banks é terceira opção de armação do Heat - uma terceira opção que ganha mais do que as duas principais. Por outro lado, Haslem é valioso. Está nos planos de Spoelstra, que pretende treiná-lo na formação com Marion e Beasley - mais vulnerável, porém de mais qualidade. Depois de Bird achincalhar publicamente Tinsley, as duas opções para o Pacers são: dispensá-lo ou trocá-lo pelos restos (caros) dos outros.
O Detroit Pistons ofereceu um novo contrato para o pivô Jason Maxiell. O jogador, com vínculo atual terminando ao fim da temporada 2008-2009, recebeu uma oferta de extensão de U$15 milhões, por três anos. Leia mais!
Maxiell é um talento, um ótimo jogador de garrafão. Ser reserva do Pistons não ajuda a perceber sua qualidade técnica, que vai muito além dos 7.9 pontos e 5.3 rebotes anotados na última temporada. Ele é atlético, explosivo, defende bem e sabe atacar a cesta. Acho que, pela média qualitativa dos pivôs da NBA, mereceria mais do que U$5 milhões por temporada.
No entanto, se for esperto, Maxiell aceitará a proposta. Como já disse, ser suplente do Pistons mantém o pivô parcialmente "escondido" e, assim, é difícil confiar que aparecerão ofertas mais substancias. Além disso, encarar o mercado da próxima off-season é incerto: a maioria dos times pensa em guardar dinheiro para o verão de 2010 e nomes como Okur, Boozer, Turkoglu, Artest e Marion capitalizam a pouca atenção restante.
Saindo do banco para jogar cerca de 22 minutos por jogo, em um time forte e equilibrado, é difícil imaginar que Maxiell fará mais do que uns nove pontos e seis rebotes de média. Com tais números, é complicado apostar que alguém vá desistir do sonho de ter LeBron ou Wade para gastar dinheiro com Maxiell. E, mesmo assim, a franquia do Michigan pode cobrir qualquer proposta externa.
Hoje, o Newsport noticiou que o armador Stephon Marbury deverá ser dispensado pelo New York Knicks. Leia aqui! No entanto, o que eu apurei indica para o completo oposto.
Ontem, participei de um chat com Steve Kyler, do site HoopsWorld, uma das principais fontes de informação do NBA Jumper. Ele garantiu-me que Marbury, por enquanto, fica no Knicks. Como já havia noticiado no site, há algumas semanas, a comissão técnica pretende testar o armador no sistema rápido de jogo que será implantado por Mike D'Antoni.
Se não mostrar afinidade, o Knicks deverá tentar uma negociação de buyout. Caso contrário, Marbury fica. E há boas chances dele conseguir sobrevida em Nova York. Além de, segundo especialistas, estar na sua melhor forma física em anos, ele possui um ímpeto ofensivo - senso de ataque - muito comum aos armadores do run and gun.
Existem outros fatores que conspiram para a permanência de Marbury. O armador possui boa relação com D'Antoni, com quem já trabalhou no Suns - quando o treinador ainda era assistente técnico. E, principalmente, Donnie Walsh mostra particular esforço em fazer com que o contrato do armador expire em Nova York, aliviando a folha salarial da equipe. Com U$22 milhões fora do orçamento, o Knicks ficaria próximo do limite salarial da Liga.
Ainda existe uma última questão: os dirigentes de Nova York preocupam-se com a possibilidade de dispensar Marbury e colocá-lo à disposição, pelo mínimo para veteranos, para potenciais concorrentes. Ou seja, acreditam que o desempenho abaixo do esperado do armador pode estar mais relacionado ao ambiente da franquia do que à qualidade individual dele.
Apesar de ainda não estar com o elenco, Marbury é esperado para os treinamentos de pré-temporada, que começam no próximo dia 29. Neste momento, aposto que o armador começa a temporada no Knicks.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Saber vender
Meu irmão é estudante universitário de publicidade e propaganda. Na última semana, ele comprou um livro sobre marketing esportivo e, depois de alguns comentários, reforçou algo que acho básico: é necessário saber vender o seu produto, não importa quão ruim ou bom seja. Para isso, acredito, que servem as estratégias de publicidade, que ele está aprendendo.
Este preceito fundamental se aplica brilhantemente ao caso do armador Jamaal Tinsley. O GM da franquia, Larry Bird, não quer mais o jogador no elenco. Já disse que pretende trocá-lo e considera, até mesmo, efetuar um buyout, ou seja, “comprar” o resto do contrato do atleta, que vale U$21 milhões. Uma transação cara e desnecessária, uma vez que Tinsley tinha valor de mercado.
Tinha porque é um bom jogador, de grande potencial. Mas tinha é passado. Ao dizer abertamente que pensa, seriamente, em dispensar o atleta, Bird desvalorizou bruscamente o armador. A lógica é bem simples: por que vou ceder jogadores para o Pacers, se poderei ter Tinsley, em um futuro breve, de graça?
Neste momento, o dirigente sofre com as propostas que tem em mãos: ruins e que não condizem com o talento e qualidade de Tinsley. Agora, os times só oferecem trocas por jogadores ruins ou dispensáveis e contratos ruins. Por quê? Por pior que o armador (o produto) seja ou esteja, é preciso valorizá-lo. Valor é um atributo agregado. E, hoje, a franquia não valoriza – agrega valor – ao atleta.
O Warriors tinha uma proposta interessante para a equipe de Indiana, disposto a ceder o ala Al Harrington. O rumor perdeu força, nos últimos dias. A possibilidade existe, mas tornou-se mais remota. Talvez, esta fosse a única oferta de real valor que Larry Bird poderia ter em mãos. Cada dia que passa, a franquia caminha para desembolsar U$21 milhões.
Existe ainda outra possibilidade, levemente cogitada durante a última semana. O Pacers estaria pronto para mandar Tinsley para casa, mantê-lo ganhando sem jogar, até aparecer uma alternativa para liberá-lo. Soa coerente, mas também é improvável. Queimar uma vaga no elenco por puro erro estratégico não é o caminho – ainda mais para uma franquia em reconstrução.
Larry Bird foi um excelente jogador e já deu sinais de que possui potencial para ser um ótimo dirigente. No entanto, possui defeitos muito prejudiciais: é explosivo e temperamental demais. Com Jermaine O’Neal, tinha brigas constantes, aos olhos da imprensa. Com Tinsley, não mediu palavras e minou chances de transação.
Bird fez um ótimo trabalho na off-season, visando reconstruir uma base, mas, com este comportamento, poderá colocar tudo a perder. Nele, sobra o jogador e falta o dirigente, o vendedor.
Este preceito fundamental se aplica brilhantemente ao caso do armador Jamaal Tinsley. O GM da franquia, Larry Bird, não quer mais o jogador no elenco. Já disse que pretende trocá-lo e considera, até mesmo, efetuar um buyout, ou seja, “comprar” o resto do contrato do atleta, que vale U$21 milhões. Uma transação cara e desnecessária, uma vez que Tinsley tinha valor de mercado.
Tinha porque é um bom jogador, de grande potencial. Mas tinha é passado. Ao dizer abertamente que pensa, seriamente, em dispensar o atleta, Bird desvalorizou bruscamente o armador. A lógica é bem simples: por que vou ceder jogadores para o Pacers, se poderei ter Tinsley, em um futuro breve, de graça?
Neste momento, o dirigente sofre com as propostas que tem em mãos: ruins e que não condizem com o talento e qualidade de Tinsley. Agora, os times só oferecem trocas por jogadores ruins ou dispensáveis e contratos ruins. Por quê? Por pior que o armador (o produto) seja ou esteja, é preciso valorizá-lo. Valor é um atributo agregado. E, hoje, a franquia não valoriza – agrega valor – ao atleta.
O Warriors tinha uma proposta interessante para a equipe de Indiana, disposto a ceder o ala Al Harrington. O rumor perdeu força, nos últimos dias. A possibilidade existe, mas tornou-se mais remota. Talvez, esta fosse a única oferta de real valor que Larry Bird poderia ter em mãos. Cada dia que passa, a franquia caminha para desembolsar U$21 milhões.
Existe ainda outra possibilidade, levemente cogitada durante a última semana. O Pacers estaria pronto para mandar Tinsley para casa, mantê-lo ganhando sem jogar, até aparecer uma alternativa para liberá-lo. Soa coerente, mas também é improvável. Queimar uma vaga no elenco por puro erro estratégico não é o caminho – ainda mais para uma franquia em reconstrução.
Larry Bird foi um excelente jogador e já deu sinais de que possui potencial para ser um ótimo dirigente. No entanto, possui defeitos muito prejudiciais: é explosivo e temperamental demais. Com Jermaine O’Neal, tinha brigas constantes, aos olhos da imprensa. Com Tinsley, não mediu palavras e minou chances de transação.
Bird fez um ótimo trabalho na off-season, visando reconstruir uma base, mas, com este comportamento, poderá colocar tudo a perder. Nele, sobra o jogador e falta o dirigente, o vendedor.
sábado, 13 de setembro de 2008
Durante a semana
O Cleveland Cavaliers conseguiu renovar com o armador Delonte West. Fontes próximas das partes envolvidas afirmaram ao analista Chad Ford, da ESPN, que o contrato é de três anos (o terceiro é opcional) e pagará cerca de U$12 milhões ao atleta.
O Cavs iniciou a temporada passada sem nenhum armador para assumir a titularidade. Hoje, o time possui uma rotação bem firmada, como Maurice Williams e West. Neste ponto, a franquia teve uma substancial melhora, especialmente em termos de elenco.
Delonte West é um jogador com limitações claras, mas é um bom reserva. Principalmente, após a ótima temporada passada. Não tenho dúvidas que trata-se de uma boa manutenção, por um preço justo. Além disso, sua presença no elenco permite a composição de uma dupla de armação com Williams, o que acredito que seja uma experiência válida.
O time está melhor com dois bons armadores. A renovação era importante. Mo tem um perfil que considero perfeito para suprir as necessidades da dinâmica ofensiva do time. West é um bom atleta para sair do banco. O Cavs melhora. Nem tanto quanto muitos imaginam, mas melhora.
O Miami Heat fechou a renovação do armador Chris Quinn. Durante a pífia temporada passada, a ex-terceira opção de armação do time foi titular em 25 partidas, conseguindo certo destaque e provando ter qualidade.
A manutenção de Quinn era uma grande prioridade do time. Na verdade, o Heat não acredita em Marcus Banks e Mario Chalmers como titulares e precisava de alguém com mais experiência sob tal responsabilidade. A intenção inicial da franquia era contratar Stephon Marbury, quando fosse dispensado pelo Knicks - coisa que não aconteceu e nem deve acontecer tão cedo.
Não tenho dúvidas que Riley sabe que Chalmers será muito mais jogador do que Quinn, mas acho importante que o novato não seja sobrecarregado. Se provar-se tão bom quanto é atuando contra os melhores, Chalmers ganhará, rapidamente, a posição de titular.
Apesar do episódio com o porte de maconha, a diretoria sabe que tem um grande talento em mãos.
Kobe Bryant decidiu não operar seu dedinho machucado, após descobrir que necessitaria de 12 semanas de recuperação. Para o ala-armador, supostamente, o único empecilho seria aprender a arremessar com o dedo dormente. Aparentemente, a lesão não trouxe complicações para o jogo dele.
Contusão é contusão. Pode trazer poucos malefícios, mas traz. A falta de circulação pelo dedo, que causará a dormência, pode parecer um problema insignificante agora, mas tende a se agravar. Não só pensando na continuidade da carreira, mas em sua vida.
É um ato inconsequente de Kobe, por melhor jogador que seja. Muitos atletas dizem que o esporte profissional é conviver com a dor. Conviver com a dor é uma coisa, com contusões é outra. Ninguém pode ou deve conviver com lesões.
Nesta semana, foram anunciados os acordos para renovação dos contratos dos treinadores Doc Rivers (Boston Celtics) e Maurice Cheeks (Philadelphia 76ers). As boas campanhas das duas equipes foram fundamentais para a permanência de ambos.
O caso de Rivers é óbvio. Por que não renovar com o campeão da NBA? Ele tinha, de fato, um dos melhores grupos de jogadores e o melhor trio da Liga. No entanto, o técnico foi quem transformou o grupo de promissor em campeão. Acima de tudo, ao insistir no aspecto defensivo do jogo, mostrou maturidade e conhecimento.
Cheeks é mais complicado. A classificação do Sixers para os playoffs salvou seu cargo, já que era provável que mais um fracasso fosse causar a demissão do treinador. Demissão justa, pois nunca conseguiu mostrar arrojo tático ou evolução. Na minha opinião, Cheeks é pífio e uma vaga na pós-temporada não muda este fato.
Para mim, o sucesso da temporada passada foi resultado de uma união de boas peças, não de sua organização em quadra. Miller foi um armador exemplar, Young foi um novato muito prestativo, Iguodala amadureceu e Carney provou sua qualidade. Tudo deu certo. Inclusive para Cheeks. Quem sofrerá, no futuro, quando precisar de um treinador mais capacitado, vai ser o time.
O Cavs iniciou a temporada passada sem nenhum armador para assumir a titularidade. Hoje, o time possui uma rotação bem firmada, como Maurice Williams e West. Neste ponto, a franquia teve uma substancial melhora, especialmente em termos de elenco.
Delonte West é um jogador com limitações claras, mas é um bom reserva. Principalmente, após a ótima temporada passada. Não tenho dúvidas que trata-se de uma boa manutenção, por um preço justo. Além disso, sua presença no elenco permite a composição de uma dupla de armação com Williams, o que acredito que seja uma experiência válida.
O time está melhor com dois bons armadores. A renovação era importante. Mo tem um perfil que considero perfeito para suprir as necessidades da dinâmica ofensiva do time. West é um bom atleta para sair do banco. O Cavs melhora. Nem tanto quanto muitos imaginam, mas melhora.
O Miami Heat fechou a renovação do armador Chris Quinn. Durante a pífia temporada passada, a ex-terceira opção de armação do time foi titular em 25 partidas, conseguindo certo destaque e provando ter qualidade.
A manutenção de Quinn era uma grande prioridade do time. Na verdade, o Heat não acredita em Marcus Banks e Mario Chalmers como titulares e precisava de alguém com mais experiência sob tal responsabilidade. A intenção inicial da franquia era contratar Stephon Marbury, quando fosse dispensado pelo Knicks - coisa que não aconteceu e nem deve acontecer tão cedo.
Não tenho dúvidas que Riley sabe que Chalmers será muito mais jogador do que Quinn, mas acho importante que o novato não seja sobrecarregado. Se provar-se tão bom quanto é atuando contra os melhores, Chalmers ganhará, rapidamente, a posição de titular.
Apesar do episódio com o porte de maconha, a diretoria sabe que tem um grande talento em mãos.
Kobe Bryant decidiu não operar seu dedinho machucado, após descobrir que necessitaria de 12 semanas de recuperação. Para o ala-armador, supostamente, o único empecilho seria aprender a arremessar com o dedo dormente. Aparentemente, a lesão não trouxe complicações para o jogo dele.
Contusão é contusão. Pode trazer poucos malefícios, mas traz. A falta de circulação pelo dedo, que causará a dormência, pode parecer um problema insignificante agora, mas tende a se agravar. Não só pensando na continuidade da carreira, mas em sua vida.
É um ato inconsequente de Kobe, por melhor jogador que seja. Muitos atletas dizem que o esporte profissional é conviver com a dor. Conviver com a dor é uma coisa, com contusões é outra. Ninguém pode ou deve conviver com lesões.
Nesta semana, foram anunciados os acordos para renovação dos contratos dos treinadores Doc Rivers (Boston Celtics) e Maurice Cheeks (Philadelphia 76ers). As boas campanhas das duas equipes foram fundamentais para a permanência de ambos.
O caso de Rivers é óbvio. Por que não renovar com o campeão da NBA? Ele tinha, de fato, um dos melhores grupos de jogadores e o melhor trio da Liga. No entanto, o técnico foi quem transformou o grupo de promissor em campeão. Acima de tudo, ao insistir no aspecto defensivo do jogo, mostrou maturidade e conhecimento.
Cheeks é mais complicado. A classificação do Sixers para os playoffs salvou seu cargo, já que era provável que mais um fracasso fosse causar a demissão do treinador. Demissão justa, pois nunca conseguiu mostrar arrojo tático ou evolução. Na minha opinião, Cheeks é pífio e uma vaga na pós-temporada não muda este fato.
Para mim, o sucesso da temporada passada foi resultado de uma união de boas peças, não de sua organização em quadra. Miller foi um armador exemplar, Young foi um novato muito prestativo, Iguodala amadureceu e Carney provou sua qualidade. Tudo deu certo. Inclusive para Cheeks. Quem sofrerá, no futuro, quando precisar de um treinador mais capacitado, vai ser o time.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Ausência
Minha recente ausência tem motivo. Além de estar atarefado com o meu TCC, estive fazendo uma série de artigos para o NBA Jumper intitulado "Cinco perguntas". Sou suspeito para dizer, mas indico:
Parte 1 - Divisão Sudeste
Parte 2 - Divisão Sudoeste
Parte 3 - Divisão Central
Parte 4 - Divisão Pacífico
Parte 5 - Divisão Atlântico
Parte 6 - Divisão Noroeste
Quem quiser fazer algum comentário, concordando ou discordando, pode fazê-lo aqui ou no próprio site.
Parte 1 - Divisão Sudeste
Parte 2 - Divisão Sudoeste
Parte 3 - Divisão Central
Parte 4 - Divisão Pacífico
Parte 5 - Divisão Atlântico
Parte 6 - Divisão Noroeste
Quem quiser fazer algum comentário, concordando ou discordando, pode fazê-lo aqui ou no próprio site.
sábado, 6 de setembro de 2008
Tinsley no Warriors?
O Indiana Pacers parece ter encontrado um time interessado no armador Jamaal Tinsley - o Golden State Warriors. Para adquirí-lo, a franquia de Oakland ofereceria o ala Al Harrington. Uma troca que seria ótima para ambas as equipes, embora envolva atletas que estão ansiosas para negociar.
O Warriors precisa, urgentemente, de um armador. Apostar em Monta Ellis para armação é um grande erro. Ele não tem características de um atleta da posição, pois não é um ponto inicial e criativo para jogadas. Pelo contrário, é um ponto final, um jogador de finalização.
Se tem um atleta que é exigido no run and gun, é o armador. Para comandar um sistema corrido, de alto volume de ataque, é necessário mais do que rapidez e ímpeto ofensivo - como tem Ellis. É preciso qualidade de passe, criatividade, controle de jogo, fluidez. Ou seja, é um sistema que não dá possibilidade de improvisos.
Tinsley não é um improviso. Ele é um grande armador, não muito reconhecido por causa de suas constantes lesões e problemas extra-quadra. Tem poder de ataque e capacidade de "alimentar" o ritmo ofensivo da equipe. Eu acho que é uma excelente aposta para "organizar" o Warriors de Don Nelson.
Al Harrington é um bom reforço para o Pacers também. A maioria dos pivôs do Indiana são mais pesados e estáticos - Foster, Hibbert, Nesterovic e Harrison. Apenas Troy Murphy tem um perfil mais móvel. O ala do Warriors possui a mobilidade e versatilidade que faltam aos atletas de garrafão da franquia do Leste.
Muita gente pode lembrar do Harrington de outras passagens pelo Pacers e dizer que ele não atua no garrafão. Em Oakland, atuou. No sistema de Don Nelson, foi utilizado costumeiramente para formar um garrafão mais leve. Até certo ponto, dava certo.
Tinsley tem uma chance de recuperar a carreira, após ser literalmente banido de Indianapolis. Já Harrington, em sua terceira passagem pelo Pacers (algo raríssimo na NBA), tentará provar o talento que mostrou ter na primeira, sem os problemas extra-quadra que marcaram a segunda.
O Warriors precisa, urgentemente, de um armador. Apostar em Monta Ellis para armação é um grande erro. Ele não tem características de um atleta da posição, pois não é um ponto inicial e criativo para jogadas. Pelo contrário, é um ponto final, um jogador de finalização.
Se tem um atleta que é exigido no run and gun, é o armador. Para comandar um sistema corrido, de alto volume de ataque, é necessário mais do que rapidez e ímpeto ofensivo - como tem Ellis. É preciso qualidade de passe, criatividade, controle de jogo, fluidez. Ou seja, é um sistema que não dá possibilidade de improvisos.
Tinsley não é um improviso. Ele é um grande armador, não muito reconhecido por causa de suas constantes lesões e problemas extra-quadra. Tem poder de ataque e capacidade de "alimentar" o ritmo ofensivo da equipe. Eu acho que é uma excelente aposta para "organizar" o Warriors de Don Nelson.
Al Harrington é um bom reforço para o Pacers também. A maioria dos pivôs do Indiana são mais pesados e estáticos - Foster, Hibbert, Nesterovic e Harrison. Apenas Troy Murphy tem um perfil mais móvel. O ala do Warriors possui a mobilidade e versatilidade que faltam aos atletas de garrafão da franquia do Leste.
Muita gente pode lembrar do Harrington de outras passagens pelo Pacers e dizer que ele não atua no garrafão. Em Oakland, atuou. No sistema de Don Nelson, foi utilizado costumeiramente para formar um garrafão mais leve. Até certo ponto, dava certo.
Tinsley tem uma chance de recuperar a carreira, após ser literalmente banido de Indianapolis. Já Harrington, em sua terceira passagem pelo Pacers (algo raríssimo na NBA), tentará provar o talento que mostrou ter na primeira, sem os problemas extra-quadra que marcaram a segunda.
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