Na rodada do último domingo (16), Nuggets e Sonics foram protagonistas de um dos espetáculos mais absurdos da temporada. Sem prorrogação, a equipe do Colorado conseguiu anotar 168 pontos - recorde da franquia em jogos sem tempo extra - sobre o adversário.
Este é o ápice da temporada fraquíssima e mal estruturada feita pela equipe de Seattle. Tudo deu errado porque foi pensado errado. E os 168 pontos são icônicos, demonstrando a necessidade de mudanças dentro e fora de quadra. A franquia recebeu um golpe decisivo na noite de domingo.
Os erros começam pela idéia de reestruturação mantida pela diretoria do Sonics. Eles entregaram a franquia nas mãos de um novato: Kevin Durant. Não há coadjuvantes competentes, só os mesmos atletas que colocaram o time nesta péssima situação. O resultado não poderia ser outro: time e calouro sentiram o baque. A equipe continua com uma campanha patética. E, só nesta altura da temporada, Durant começa a alcançar seu rendimento ideal.
Pese-se a isto a indefinição sobre o futuro da franquia. Hoje, o Sonics é um time sem casa. A certeza da saída de Seattle espantou o público fiel de anos anteriores. A possível chegada a Oklahoma não deverá ser um sucesso imediato, ainda mais por causa da falta de ídolos e resultados recentes da equipe. Não existe apoio dentro ou fora de quadra para um reerguimento.
Existem os contratos expirantes, alguém pode dizer. Realmente, a folha salarial do Sonics está prestes a ser aliviada de forma violenta. Mas, pensemos, quem quer jogar em um time sem perspectivas? Além disso, o Sonics deverá enfrentar a concorrência de equipes que procedem com igual estratégia - Grizzlies, por exemplo.
Ao Sonics, resta sonhar com o draft. Serão três escolhas neste primeiro round. No entanto, tanto fará trazer bons valores se não souberem trabalhá-los. O que fizeram com Durant e Green neste ano foi precipitado. Jogaram os dois no olho do furacão, alavancando-os ao status de salvadores da pátria. Nenhum calouro chega pronto à Liga, ainda mais para assumir esta condição.
Quanto ao Nuggets, dá para parabenizar. Foi uma grande partida. No entanto, enfrentaram um time combalido e sem força de reação. Denver disparou e o Seattle não ameaçou aproximar, foi ficando pelo caminho.
A ponderação que fica é ao Nuggets é o da história recente do Phoenix Suns, dono de muitos pontos e poucos resultados incisivos. Atacar não vem se mostrando o caminho para a glória. Defender e organizar, sim. Dois pontos onde a franquia do Colorado ainda está devendo. Lembrem-se do placar do jogo: o Nuggets fez 168 pontos, mas tomou quase 120 - de um time sem pretensão e que marca apenas 97 tentos, em média, nesta temporada.
terça-feira, 18 de março de 2008
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