O aspecto ruim advindo de uma excelente turma de novatos (como a de 2008) é a expectativa criada em torno da seguinte – raramente correspondida. Este ano não parece ser diferente. O nível geral dos calouros está bem abaixo dos selecionáveis do ano passado, o que leva grande parte dos especialistas a dizer que as franquias não devem procurar astros, mas atletas que possam ser bons componentes de rotação. Sabendo da mobilização que jovens talentos costumam causar, isso nunca é um sinal positivo.
Logicamente, existem talentos, mas longe da abundância e obviedade de 2008. Para acertar, os recrutadores vão ter que trabalhar mais do que em anos anteriores. E é neste momento em que se conhecem os bons recrutadores e observadores – quando as chances de sucesso são incertas e a escolha certa se esconde atrás de várias potencialmente erradas.
Eu confesso que não acompanho o basquete universitário como gostaria. Com transmissões em horários e dias aleatórios, as emissoras que exibem as partidas (BandSports e ESPN) não ajudam. Em especial no BandSports, existe o problema extra da falta de critério para seleção de confrontos, que, muitas vezes, não envolvem sequer instituições rankeadas. Ou seja, o nível técnico sofrível é um repelente de audiência e um teste para a paciência (e sou reprovado).
Esta primeira visão traz alguns jogadores que já vi atuar (não muitas vezes, como já deixei claro) e deverão figurar entre os 30 selecionados da primeira rodada do próximo draft, a não ser que optem por ficar mais um ano na NCAA. As observações são baseadas nos jogos, vídeos, box scores recentes e artigos de diversos sites especializados, que me ajudaram a ter uma percepção mais ampla dos jovens.
Lembro que, no caso do basquete universitário norte-americano, a última impressão é a que fica. Ou seja, não esperem impressões definitivas antes do torneio da NCAA – quando as 64 melhores instituições se encontram e chegam os momentos de decisão.
Blake Griffin (PF – Oklahoma) – Sophomore, 19 anos
Médias: 33 minutos, 22.1 pontos, 14.1 rebotes, 1.3 bloqueios, 1.3 roubos de bola e 62.6% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
Neste momento, o ala-pivô Blake Griffin é a primeira escolha indiscutível do draft. Indiscutível porque reúne talento e produção dentro de quadra como nenhum outro atleta universitário. Ele é forte, atlético, pega rebotes com facilidade e tem a envergadura necessária para se tornar um dos melhores jogadores de garrafão da Liga. Ofensivamente, Griffin já possui um arsenal mais do que digno para o basquete profissional. Sua defesa ainda pode melhorar muito, embora já tenha melhorado consideravelmente, em comparação ao seu primeiro ano universitário. Eu não o imagino anulando oponentes, mas também não o vejo sendo totalmente anulado. Buscando um comparativo ou projeção, Griffin parece muito com Carlos Boozer, com potencial para ser melhor defensor.
James Harden (SG – Arizona State) – Sophomore, 19 anos
Médias: 34.7 minutos, 21.9 pontos, 5.4 rebotes, 4.0 assistências, 1.8 roubos de bola e 51.6% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
Harden é um jogador à moda antiga. Ele não é explosivo, rápido ou alto para sua posição, mas possui uma compreensão espetacular do jogo e qualidade técnica muito acima da média. Cria oportunidades para seus companheiros e para si mesmo (aproveitadas por sua capacidade de pontuar de qualquer lugar da quadra). O ala-armador é o maior cestinha de Arizona State e tem potencial para ser um bom scorer entre os profissionais, mas sempre está mais comprometido com a equipe do que com seu rendimento individual. Apesar de cometer muitos desperdícios de posse (o seu controle de bola ainda precisa ser mais desenvolvido), Harden sabe conciliar a capacidade de passar a bola e finalizar, raramente tomando decisões equivocadas. Não tenho dúvidas que o ala-armador está pronto para o basquete profissional. A eficiência, simplicidade e aspecto coletivo do seu jogo lembram muito Brandon Roy, embora não acredite que tenha potencial para chegar a tal nível.
Hasheem Thabeet (C – Connecticut) – Junior, 21 anos
Médias: 30.5 minutos, 13.0 pontos, 10.1 rebotes, 4.0 bloqueios e 64.5% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
Thabeet é uma daquelas escolhas que farão um GM parecer bestial ou uma besta. Do alto dos seus 2.21 metros de altura, o jogador originário da Tanzânia é a resposta óbvia para um tempo de escassez de pivôs. E, defensivamente, Thabeet pode ser chamado de um “monstro” – uma combinação de envergadura e atleticismo que atrapalha qualquer atacante, culminando em médias de quatro bloqueios e 10 rebotes por jogo. Mas ele ainda passa longe de ser um primor técnico. No aspecto ofensivo, em especial, Thabeet está muito cru: seu arsenal e movimentos próximos da cesta são quase nulos. Some-se também a dificuldade que ele sempre encontra nos confrontos com pivôs mais leves e técnicos. Os recrutadores amam jogadores altos, mas Hasheem não é uma certeza. Existem chances de ser o novo Dikembe Mutombo, assim como também pode ser o novo Michael Olowokandi.
Greg Monroe (PF – Georgetown) – Freshman, 18 anos
Médias: 30.4 minutos, 13.1 pontos, 6.4 rebotes, 2.9 assistências, 1.7 bloqueios, 1.8 roubos de bola e 56.1% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
Neste momento, Greg Monroe é o melhor freshman do país e um dos meus jogadores favoritos da NCAA. Ele é um pivô extremamente técnico, inteligente e com maturidade sensacional para sua idade. Possui um repertório surpreendente tanto na defesa, quanto no ataque, trabalho de pernas exemplar e capacidade para jogar de frente e costas para a cesta. A falta de vontade e entusiasmo, o grande motivo de desconfiança dos recrutadores, não foi perceptível em nenhum momento da temporada. As duas grandes preocupações em torno de Monroe são as atuações irregulares, que são comuns entre os freshmen, e o atleticismo abaixo da (alta) média atual. No entanto, seus recursos estão se provando mais eficientes do que o atleticismo dos oponentes. Em uma época de raros pivôs técnicos, o potencial de Monroe é absolutamente assustador. E, entre os atletas de garrafão universitários, não existe melhor credencial do que ter atuado na Universidade de Georgetown.
Stephen Curry (PG – Davidson) – Junior, 20 anos
Médias: 34.0 minutos, 28.7 pontos, 4.3 rebotes, 6.2 assistências, 2.9 roubos de bola e 45.5% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
Curry é o melhor scorer da NCAA e o jogador que coloca Davidson no mapa do basquete universitário. Ele é o atleta com a combinação mais efetiva de habilidade, instinto e criatividade ofensiva do país – o que pode ter herdado do seu pai, o ex-jogador e exímio arremessador Dell Curry. Apesar de ter momentos de descontrole e precipitar alguns tiros, não é individualista e está se revelando cada vez mais voluntarioso. A falta de altura, força física, explosão e o atleticismo abaixo da média fizeram com que fosse remanejado para a armação principal do time, onde faz um excelente trabalho e comprova seu potencial. As 6.2 assistências por partida são uma média impressionante – ainda mais quando se percebe que a equipe de Davidson joga esperando que Curry resolva as jogadas. Entre os armadores, o jovem também se revela um bom defensor. Com o crescente desenvolvimento da sua visão de jogo e capacidade de passar a bola, demonstra um entendimento superior da dinâmica de quadra. Os recrutadores têm dúvidas sobre a real capacidade que Curry possui de atuar como PG entre os profissionais (armando e defendendo), mas é muito difícil ignorar que Stephen carrega o talento necessário para o basquete profissional.
Jrue Holliday (PG – UCLA) – Freshman, 18 anos
Médias: 26.8 minutos, 9.9 pontos, 4.0 rebotes, 3.6 assistências, 1.6 bolas roubadas e 51.2% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
Em muitas instâncias, Jrue Holliday lembra Russell Westbrook quando estava no basquete universitário. Ambos são muito atléticos, não possuem um estilo de jogo espetacular, precisam aprimorar seus arremessos de média e longa distância e tem uma combinação muito eficiente de inteligência e visão de jogo. Mas, acima de tudo, os dois são excelentes defensores – e este aspecto encanta os recrutadores. Assim como Westbrook, o freshman consegue aplicar seu atleticismo aos bem desenvolvidos fundamentos defensivos que possui para se tornar um atleta capaz de anular os armadores adversários. Se estiver disposto, ele pode se inscrever no draft e será selecionado entre as 15 primeiras escolhas. Mas, se ficar mais um ano na NCAA, não há dúvidas de que Holliday chegará ao nível profissional com maior capacidade ofensiva e mais provado – o que, reunido com sua habilidade defensiva, fará dele um dos cinco primeiros selecionados de 2010.
Brandon Jennings (PG – Itália) – 19 anos
Jennings foi pioneiro em quebrar o curso natural do jogador colegial norte-americano e sair da high school para o basquete profissional europeu. A decisão pode não ter sido excelente, mas traz algumas inegáveis vantagens e aprimoramentos ao seu jogo. Por mais que exista uma má vontade por parte dos recrutadores, o talento do armador é indiscutível e, há pouco menos de um ano, Jennings era o melhor jogador colegial dos Estados Unidos com sobras. Ele continua com uma das mais impressionantes combinações de arsenal ofensivo e atleticismo que muitos já viram. Apesar de arremessar mais do que um armador tradicional, também assistencia em um nível muito acima da média, apresentando qualidade de passe e visão de jogo necessário para comandar um time da NBA. Logicamente, Jennings ainda precisa amadurecer e tornar-se mais ponderado dentro de quadra – algo que os recrutadores gostariam de julgar na NCAA. Ele precisa evoluir o aspecto defensivo de seu jogo e, em especial, adquirir massa muscular e força física, pois é “franzino” demais para o basquete profissional norte-americano. Mas trata-se de um talento extraordinário (para mim, um dos três maiores deste draft), que necessita ser um pouco mais trabalhado.
Al-Farouq Aminu (SF – Wake Forest) – Freshman, 18 anos
Médias: 29.3 minutos, 13.2 pontos, 8.5 rebotes, 1.4 bloqueios e 53.8% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
Um dos melhores freshmen do país, Aminu também é um dos jogadores mais versáteis deste recrutamento. Em Wake Forest, atua em três posições (ala, ala-pivô e pivô), ajudado pela sua impressionante combinação de atleticismo, explosão física e envergadura, que fazem com que tenha um alcance muito maior do que permitiria seus 2.04 metros. Apesar de não ter um jogo polido (reflexo da juventude), Aminu compensa com entusiasmo e personalidade, ajudando no ataque e na defesa. Para um ala, ele possui um timing de rebotes incomum. O problema é que Al-Farouq carece de força física e um jogo de perímetro mais desenvolvido – ter mais recursos técnicos e arremessar melhor de média e longa distância –, o que acaba realçado por seus momentos de imaturidade (reflexo da juventude novamente). Eu ainda não sei em que posição Aminu atuaria na NBA, mas o ala Thaddeus Young (Sixers) é uma boa comparação.
Jordan Hill (PF – Arizona) – Junior, 21 anos
Médias: 34.6 minutos, 18.0 pontos, 11.7 rebotes, 2.1 bloqueios e 55.0% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
Em seu terceiro ano no basquete universitário, Jordan Hill está dando o salto de qualidade que ensaia há algum tempo. Seus números aumentaram de forma sensível e se consolidou como um dos melhores reboteiros da NCAA. É conhecido como um atleta esforçado, que treina com afinco e se movimenta muito sem a bola, em busca de espaços. A falta de força física é uma legítima preocupação dos recrutadores, mas seu atleticismo, envergadura e intensidade dentro de quadra mostram potencial para compensá-la. Se não conseguir atuar como pivô na NBA (caso parecido com o de Michael Beasley, do Heat), a mobilidade e capacidade de arremessar de curta e média distância são trunfos que garantem boas chances de sucesso como ala. Ele me passa a sensação de que pode se tornar uma versão mais modesta tecnicamente do Chris Bosh, do Raptors. Mas, independente de atingir esta expectativa ou não, Hill parece preparado para entrar no basquete profissional.
Jeff Teague (PG – Wake Forest) – Sophomore, 20 anos
Médias: 31.6 minutos, 20.9 pontos, 3.8 rebotes, 3.8 assistências, 2.1 roubos de bola e 51.3% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
Teague é dono de um dos arsenais ofensivos mais completos do basquete universitário, o que ajudou em sua meteórica trajetória de escolha de segunda rodada para TOP 10 do draft deste ano. Com sua velocidade e atleticismo, é capaz de superar marcações e infiltrar no garrafão para uma cesta fácil. Com sua pontaria, converte arremessos de qualquer ponto da quadra. Defensivamente, Teague não compromete e, apesar de não ser um marcador por excelência, consegue trazer dificuldades. O grande problema do jovem é que sua altura, envergadura e pouca força física quase o obrigam a atuar como um armador principal e os recrutadores questionam seriamente sua capacidade de comandar uma equipe. Teague não é um grande assistenciador e comete muitos desperdícios de bola (3.4 por jogo). Suas decisões dentro de quadra sugerem que seja muito mais um SG no corpo de um PG do que um combo guard ou armador principal. Atualmente, o sophomore de Wake Forest parece uma versão menos atlética, porém mais habilidosa ofensivamente, de Nate Robinson – mas pode ser melhor.
DeMar DeRozan (SG – USC) – Freshman, 19 anos
Médias: 31.0 minutos, 12.5 pontos, 5.2 rebotes, 1.0 roubos de bola e 51.8% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
Decepção. Assim pode ser definido o primeiro ano universitário de DeRozan, que chegou como um dos mais talentosos atletas colegiais do país e sucessor de OJ Mayo na USC. Física e atleticamente, DeRozan está pronto para jogar entre os profissionais: é um ala-armador alto, forte, explosivo. No entanto, necessita trabalhar alguns aspectos técnicos do seu jogo. Apesar de ter um grande arsenal ofensivo, não mostra desenvoltura para criar seus próprios arremessos e agressividade para controlar as ações de uma partida. Os recrutadores esperam que, com seus atributos técnicos e físicos, ele domine o jogo, o que não está acontecendo. Além disso, o freshman precisa arremessar melhor de média e longa distância e evitar algumas decisões precipitadas. Por outro lado, ele não é individualista como outros candidatos a astros e está se revelando um grande defensor na NCAA. Isso sem contar que, por mais que não esteja brilhando, o seu talento é inquestionável. Com mais um ano entre os universitários, terá tudo para se converter em uma versão melhorada (mais completa, voluntariosa e inteligente) do ala Gerald Green, na pior das hipóteses.
Earl Clark (SF – Louisville) – Junior, 21 anos
Médias: 33.8 minutos, 13.0 pontos, 8.5 rebotes, 3.0 assistências, 1.7 bloqueios e 42.1% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
Entre os principais prospectos do próximo draft, Earl Clark é uma das maiores incógnitas. Atleta e jogador de basquete por excelência, ele combina um bom conhecimento dos fundamentos do jogo com a envergadura, explosão e agilidade necessárias para entrar na NBA. Em quadra, ainda mostra-se altamente inteligente e voluntarioso, com qualidade de passe que o coloca como um candidato à futuro point forward (lateral que pode assumir a função de um armador). No entanto, apesar de parecer promissor, Clark é muito inconstante. Em certas noites, é capaz de dominar uma partida. Em outras, é dominado facilmente. Um possível causador desta inconstância é o seu arremesso, que nunca foi ótimo ou bem selecionado (acerta 46% para dois pontos e apenas 26% de três). Entre os recrutadores, questiona-se em que posição atuará entre os profissionais. No esquema homogêneo e versátil de Louisville, ele pode jogar nos cinco postos. Na NBA, só sabe-se que será um ala (armador, convencional ou pivô?). Se aprimorar os tiros de média e longa distância, seria uma escolha muito mais fácil e segura para as equipes. Apesar de ser um candidato em potencial a bust, tenho certeza de que Clark tem as qualidades e talento para se tornar uma versão melhorada de Boris Diaw.
Ty Lawson (PG – North Carolina) – Junior, 21 anos
Médias: 27.9 minutos, 15.3 pontos, 6.6 assistências, 2.2 roubos de bola e 54.5% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
Jogando bem desde o seu primeiro dia com North Carolina, Lawson é uma presença constante nos mock drafts, mas nunca colocou seu nome no recrutamento. Na temporada passada, um problema disciplinar fez com que não se elegesse. Este ano, salvo algum problema de última hora, Ty vai estar entre os elegíveis. Ele tem tudo para ser um armador consistente entre os profissionais, com a possibilidade de contribuir imediatamente. Apesar de ser baixo, Lawson é forte e veloz. É um marcador sólido e um atacante voluntarioso, com um bom arremesso de média distância e altíssimo aproveitamento nos tiros de três pontos (48.5%). Trata-se também de um armador puro por excelência, dono de controle de bola, visão de quadra e qualidade de passe dignas do basquete profissional. Como bônus, desperdiça pouquíssimas bolas. Não há dúvidas, porém, que Lawson é muito mais efetivo quando se aproveita de sua alta velocidade do que quando precisa armar em ritmo cadenciado. Sua estatura limitada vai trazer problemas quando enfrentar armadores mais altos e atléticos, mas eu acredito que tem um grande futuro na NBA.
BJ Mullens (C – Ohio State) – Freshman, 19 anos
Médias: 20.2 minutos, 9.3 pontos, 4.6 rebotes, 1.2 bloqueios e 62.6% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
BJ Mullens tem a envergadura, atleticismo e força física para se tornar um jogador profissional imediatamente. Só que, visivelmente, ainda não está preparado para a NBA. BJ sequer é titular em Ohio State. Apesar de apresentar alguns bons recursos ofensivos, ainda precisa adquirir a maturidade que só mais anos de NCAA vão trazer. Defensivamente, suas noções são básicas e está totalmente cru. Adicione o fato de tomar decisões precipitadas e perder muitas bolas. Mullens tem instintos e estrutura física de um ótimo jogador, mas precisa de base técnica. Os recrutadores acreditam no potencial a longo prazo do jovem, mas muitos questionam se ele é efetivamente capaz de desenvolver o seu jogo. Neste momento, BJ é um atleta de colegial no basquete universitário. No entanto, com a falta de pivôs talentosos, não vão faltar franquias dispostas a apostar em Mullens. É sempre muito difícil traçar uma comparação para alguém tão despreparado. Grande parte dos sites especializados comparam-no com Chris Kaman – o que acho uma previsão otimista demais.
Tyler Hansbrough (PF – North Carolina) – Senior, 23 anos
Médias: 29.2 minutos, 22.1 pontos, 7.8 rebotes e 52.2% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
A NCAA é bem diferente da NBA. Hansbrough é um dos três melhores jogadores do basquete universitário norte-americano e está tecnicamente preparado para se tornar profissional. Mas os recrutadores têm muitas dúvidas sobre seu possível sucesso na NBA, uma vez que ele não tem a altura, o atleticismo e a envergadura convencional de um ala-pivô da Liga. Logicamente, Tyler compensa suas deficiências físicas com outras grandes virtudes. Dentro de quadra, ele tem capacidade ofensiva excelente e é um jogador extremamente inteligente e competitivo. A energia com a qual atua é o que todo o treinador espera de um atleta. Já fora de quadra, é um exemplo de profissionalismo e empenho. Embora muita coisa conspire a favor de Hansbrough, ainda pesa contra o fato de que, aos 23 anos, ele não pode ser considerado um prospecto para grande evolução. Eu vejo o senior como um jogador muito similar ao argentino Luis Scola.
Darren Collison (PG – UCLA) – Senior, 21 anos
Médias: 30.9 minutos, 14.3 pontos, 5.0 assistências, 1.7 roubos de bola e 53.3% de aproveitamento nos arremessos de quadra.
Completar o ciclo universitário foi uma boa decisão para Collison. Nestes quatro anos, Collison se tornou um arremessador mais capaz e um armador mais completo. Apesar de baixo, pouco atlético e explosivo, ele é rápido e possui bom instinto dentro de quadra. Não se trata de um armador criativo, mas com uma boa qualidade de passe, controle de bola e inteligente. Se não é um defensor brilhante, mostra afinco e consegue encurtar a produção dos oponentes. Até por já ter ficado quatro anos no basquete universitário, os recrutadores não vêem grande espaço para evolução, o que deve colocá-lo na segunda metade do primeiro round do recrutamento. A melhoria em seu arremesso não é o bastante para torná-lo uma opção ofensiva consistente e sua capacidade de pontuação é baixa. Collison deverá ter uma carreira segura como armador reserva, mas nada muito maior. O estilo de jogo de Darren parece muito com Chris Duhon.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
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Um comentário:
faltou o harangody de notre dame...
ele ta briganu com o griffin e o curry pelo 1st pick.....
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