Finalmente, o pivô Hamed Ehadadi conseguiu assinar contrato com o Memphis Grizzlies. Assim, torna-se o primeiro iraniano a ter oportunidade de jogar na NBA. Jogador e franquia só não oficializaram acordo antes por causa de uma recente (e brevíssima) ordem que o governo norte-americano emitiu aos times estendendo um bloqueio de relações imposto ao Irã a qualquer negócio envolvendo atletas do país asiático.
Ehadadi chega credenciado por boas atuações com a seleção iraniana, nas Olímpiadas de Pequim. Ele foi o único jogador da competição com médias de double-double: 16.6 pontos e 11.2 rebotes. O Grizzlies venceu uma forte concorrência, que envolveu outras franquias e equipes européias.
A chegada do pivô congestiona a rotação de garrafão do time. Agora, para duas vagas, concorrem cinco jogadores: Marc Gasol, Darko Milicic, Hakim Warrick e Darrell Arthur, além do iraniano. Andam dizendo que a vinda de Ehadadi pode significar uma possível troca com Milicic. Uma loucura, já que dos quatro atletas que sobrariam, três são novatos.
Eu acredito que todos fiquem ou que Milicic seja trocado por outro pivô. A verdade é que Ehadadi pode ainda não estar pronto para o salto competitivo entre as Ligas que disputava e a NBA. Ele é um bom pivô, com porte e presença de garrafão. No entanto, não deve aparecer com muitos minutos na rotação. O claro privilégio, em sua posição, vai ser por Milicic e Gasol. Um é novato, outro costuma se machucar com freqüência. O iraniano vai acabar aparecendo.
Patrick Ewing Jr. é o novo reforço do New York Knicks. Filho do lendário pivô e ídolo da franquia, o ala consegue uma casa após ter sido draftado pelo Kings, trocado para o Rockets e ser novamente negociado. A equipe da Big Apple cedeu os direitos federativos do pivô Frederic Weis, que foi selecionado no recrutamento de 1999, para o time de Houston.
Esta é uma negociação onde os jogadores são o que menos importa. As duas franquias utilizam os atletas para alcançar objetivos que não são, necessariamente, reforçar os elencos. Isso fica bem claro por parte do Rockets, que se livra do contrato do "Junior" por um jogador que, certamente, nunca vai fazer uma partida na NBA. Ou seja, alivia a folha salarial - mesmo que em cerca de apenas U$1 milhão - para auxiliar nas renovações de contrato de Mutombo e Landry.
Existem motivos para se acreditar que Ewing Jr. é apenas uma jogada de marketing do Knicks. O jogador não se encaixa no estilo de jogo de D'Antoni. Por mais que seja bom defensor, não tem um bom jogo ofensivo. Seu arremesso é muito fraco. É uma situação bastante adversa: Ewing Jr. é baixo e franzino demais para ser ala-pivô e não tem arremesso para ser um legítimo ala do sistema de D'Antoni. Tudo indica que não vai dar certo.
Agora, não tenham dúvidas que a vinda de Patrick Ewing Jr. vai trazer muita publicidade e vendas para a franquia. O jovem ainda pode reaproximar seu pai do Knicks, já que o ex-pivô guarda mágoas da equipe por não ter sido lembrado para o cargo de treinador, nesta off-season. Se não encaixar no estilo de jogo, pelo menos deve engordar os cofres do time.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
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2 comentários:
Esse Weis (nada a ver com cerveja de trigo, espero) não é aquele que foi engolido por Vince Carter naquela cravada sensacional???
sim é ele
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