sábado, 30 de agosto de 2008

Heat contrata Magloire

O ex-All Star (como dói dizer isso!) viu seu basquete desaparecer com o tempo. Na última temporada, teve uma passagem desastrosa pelo New Jersey Nets. Mas, por pior que esteja, ainda é para ser observado. Se jogar um pouco do que já jogou, pode dar para o gasto e fazer frente contra alguns.

Este foi o meu comentário sobre o pivô Jamaal Magloire, há cerca de uma semana, na lista dos melhores agentes livres disponíveis. Finalizando sua busca por um jogador de garrafão, o Miami Heat acertou a contratação do atleta.

Difícil esperar alguma coisa dele. Nunca me encantei pelo seu jogo e tenho a nítida sensação de que Magloire é uma grande enganação. No entanto, é preciso concordar que o mercado não ofereceria jogadores muito melhores. Principalmente, quando o valor em questão é o mínimo para veteranos.

Pelo que apresentou nos últimos anos, Magloire deverá lutar não para ser titular, mas para ter algum espaço na rotação da franquia. Suas últimas duas temporadas foram muito fracas. Tecnicamente, sempre foi limitado. E ficou evidente que, após participar de um All Star Game, gradativamente, as limitações do pivô superaram seu esforço.

A chegada de Jamaal Magloire não traz o impacto que poderia. O pivô já foi um reforço. Hoje, é uma dúvida. Dúvida tão grande que não consegue fazer dispensável a renovação do contrato de Alonzo Mourning, mesmo com 38 anos. Por mais contusões que sofra, "Zo" ainda é mais confiável do que o recém-contratado.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Durante a semana...

Finalmente, o pivô Hamed Ehadadi conseguiu assinar contrato com o Memphis Grizzlies. Assim, torna-se o primeiro iraniano a ter oportunidade de jogar na NBA. Jogador e franquia só não oficializaram acordo antes por causa de uma recente (e brevíssima) ordem que o governo norte-americano emitiu aos times estendendo um bloqueio de relações imposto ao Irã a qualquer negócio envolvendo atletas do país asiático.

Ehadadi chega credenciado por boas atuações com a seleção iraniana, nas Olímpiadas de Pequim. Ele foi o único jogador da competição com médias de double-double: 16.6 pontos e 11.2 rebotes. O Grizzlies venceu uma forte concorrência, que envolveu outras franquias e equipes européias.

A chegada do pivô congestiona a rotação de garrafão do time. Agora, para duas vagas, concorrem cinco jogadores: Marc Gasol, Darko Milicic, Hakim Warrick e Darrell Arthur, além do iraniano. Andam dizendo que a vinda de Ehadadi pode significar uma possível troca com Milicic. Uma loucura, já que dos quatro atletas que sobrariam, três são novatos.

Eu acredito que todos fiquem ou que Milicic seja trocado por outro pivô. A verdade é que Ehadadi pode ainda não estar pronto para o salto competitivo entre as Ligas que disputava e a NBA. Ele é um bom pivô, com porte e presença de garrafão. No entanto, não deve aparecer com muitos minutos na rotação. O claro privilégio, em sua posição, vai ser por Milicic e Gasol. Um é novato, outro costuma se machucar com freqüência. O iraniano vai acabar aparecendo.


Patrick Ewing Jr. é o novo reforço do New York Knicks. Filho do lendário pivô e ídolo da franquia, o ala consegue uma casa após ter sido draftado pelo Kings, trocado para o Rockets e ser novamente negociado. A equipe da Big Apple cedeu os direitos federativos do pivô Frederic Weis, que foi selecionado no recrutamento de 1999, para o time de Houston.

Esta é uma negociação onde os jogadores são o que menos importa. As duas franquias utilizam os atletas para alcançar objetivos que não são, necessariamente, reforçar os elencos. Isso fica bem claro por parte do Rockets, que se livra do contrato do "Junior" por um jogador que, certamente, nunca vai fazer uma partida na NBA. Ou seja, alivia a folha salarial - mesmo que em cerca de apenas U$1 milhão - para auxiliar nas renovações de contrato de Mutombo e Landry.

Existem motivos para se acreditar que Ewing Jr. é apenas uma jogada de marketing do Knicks. O jogador não se encaixa no estilo de jogo de D'Antoni. Por mais que seja bom defensor, não tem um bom jogo ofensivo. Seu arremesso é muito fraco. É uma situação bastante adversa: Ewing Jr. é baixo e franzino demais para ser ala-pivô e não tem arremesso para ser um legítimo ala do sistema de D'Antoni. Tudo indica que não vai dar certo.

Agora, não tenham dúvidas que a vinda de Patrick Ewing Jr. vai trazer muita publicidade e vendas para a franquia. O jovem ainda pode reaproximar seu pai do Knicks, já que o ex-pivô guarda mágoas da equipe por não ter sido lembrado para o cargo de treinador, nesta off-season. Se não encaixar no estilo de jogo, pelo menos deve engordar os cofres do time.

sábado, 23 de agosto de 2008

Utilidade pública

Ainda falta preencher uma ou duas vagas para o elenco do seu time ficar completo? A maioria dos times estão nesta mesma situação. Folha salarial estourada? Nem fala...

Dirigentes não acompanham o OpiNBA, mas você - torcedor e fã - acompanha. Por isso, nesta postagem, relaciono as vinte melhores opções que o mercado oferece para que a sua equipe feche a off-season. Se a diretoria do seu time não sabe quem contratar, pelo menos você terá uma idéia:


Ben Gordon - Opção irrelevante. Quer um contrato que pague U$12 milhões ao ano. Ninguém na Liga tem esta quantia disponível para oferecer. Mesmo que tivesse, dificilmente ofereceria. Gordon precisa cair na real. É bom jogador, mas, se realmente acredita que merece estes valores, não sabe nada de basquete.


Carl Landry - A grande surpresa do último draft. É um ala-pivô jovem e com um potencial ofensivo invejável. Erra pouco e é agressivo o bastante para trazer impacto ao seu time. Uma excelente opção em uma época em que faltam jogadores de garrafão capazes de empolgar. O problema é que Landry é um negociador duro e exigente.


Delonte West - Na última temporada, West ajudou muito o Cleveland Cavaliers. Pela primeira vez na carreira, mostrou regularidade. Ele não é o maestro que vai conduzir um time ao sucesso, mas pode ser a peça de elenco que joga com a energia necessária a um time campeão. Tem limitações claras, mas está sempre pronto para ajudar.


Shaun Livingston - Tudo depende de sua situação física. Se estiver bem, é um bom reforço. O fato de não ter sido contratado até o momento mostra como a cena de sua contusão é o terror de qualquer dirigente. Não é a promessa que muitos vêm dizendo que é, mas sabe jogar em equipe. Especula-se que quer mais de um ano de contrato.


Fred Jones - Jones é o típico ala incisivo, de boa qualidade ofensiva, que vale a pena ter no banco de reservas. Arremessa com precisão de longa distância e desperdiça poucas bolas. Na última temporada, pelo New York Knicks, chegou a atuar improvisado como armador principal. Tem vários interessados na Europa.


Alonzo Mourning - O veteraníssimo pivô de 38 anos ainda pode render, principalmente entre uma safra de jogadores de garrafão fraca. Qualquer time com objetivos altos vai saber utilizar a experiência e qualidade defensiva de Mourning para tornar-se mais forte. Se não se aposentar, tem grandes chances de renovar com o Miami Heat.

Sam Cassell - Cassell está próximo de completar 39 anos de idade. No entanto, na temporada passada, mesmo não sendo sombra do que já foi, fez um trabalho espetacular como reserva do inexperiente Rajon Rondo. Se preservado para os playoffs, ele ainda pode acrescentar muito. Está interessado em ir para o Nuggets.


Salim Stoudamire - Não se culpe por saber pouco deste armador de 25 anos. Em três temporadas pelo Hawks, teve escassas e decrescentes oportunidades. Um desperdício, pois possui um potencial ofensivo muito interessante. Não é um organizador, mas sabe jogar. Quer distância de Atlanta, esperando por alguém com um mínimo de visão.

Quinton Ross - Difícil entender por que o Clippers não renovou com Ross. Ele é um jogador que custa pouco e ajuda muito. Possui um perfil muito parecido com o de Bruce Bowen - marcador de perímetro "chato" com um bom arremesso de três pontos. É o tipo de atleta sempre presente em um elenco campeão.


PJ Brown - Nunca fui um grande fã de Brown, mas ele realizou um ótimo trabalho como pivô reserva do campeão Celtics. Ganhou importância durante a campanha, não apenas porque o time precisou dele. PJ correspondeu em quadra, ganhou espaço. Quem quiser contratá-lo, vai ter que fazê-lo desistir de uma provável aposentadoria.


Robert Horry - Na pior das hipóteses, Horry é um pé-quente. Sorte nunca faz mal a ninguém. No entanto, ele também é um ala-pivô de boa qualidade nos arremessos e certa capacidade defensiva. Além de ser, reconhecidamente, um atleta que sabe lidar bem com a tensão. Acho difícil errar quando se contrata Horry.


Dikembe Mutombo - O pivô africano desafia a longevidade na Liga. Aos 42 anos, está preparado para jogar mais uma temporada. Ele continua com mais energia, qualidade técnica e vigor defensivo do que muitos garotos. Definitivamente, ainda é um reforço. Nem se for para atuar por dez ou 15 minutos.


Nick Fazekas - Fazekas tem apenas 23 anos. Na última temporada, quando teve oportunidade de atuar, obteve médias de 4.7 pontos e 3.9 rebotes, em menos de 12 minutos. Não é um jogador para se pensar em título, mas em futuro. Ele tem potencial para ser trabalhado. É uma ótima aposta para tempo de "vacas magras" nos garrafões.

Juwan Howard - Em uma Liga que emprega DJ Mbenga, será que Juwan Howard ainda não tem lugar? Ele é um bom ala-pivô ofensivo, que tem alguns truques para gastar. Não é a solução dos seus problemas, mas é uma opção que vale atenção. Nesta altura da carreira, está disposto a ganhar pouco para brigar por um anel.


Jamaal Magloire - O ex-All Star (como dói dizer isso!) viu seu basquete desaparecer com o tempo. Na última temporada, teve uma passagem desastrosa pelo New Jersey Nets. Mas, por pior que esteja, ainda é para ser observado. Se jogar um pouco do que já jogou, pode dar para o gasto e fazer frente contra alguns.


Kirk Snyder - Não gosto do Snyder. É um ala com arremesso ridículo e sem presença de quadra. No entanto, tem uma defesa considerável e é atlético o bastante para fazer seu jogo ofensivo funcionar nas infiltrações. Além disso, só tem 25 anos. Não é um reforço de campeão, mas é um reforço.


Juan Dixon - Quando se coloca a cabeça no travesseiro, ninguém sonha com a possibilidade de ter Juan Dixon na equipe. Mas ele tem sua utilidade: é um ala-armador que pode armar o jogo e chutou 41.7% da linha dos três pontos, na última temporada. Você não terá pesadelos também se o seu time contratá-lo.


David Harrison - Harrison não é uma maravilha de pivô. No entanto, costuma impressionar dirigentes e comissões técnicas. É esforçado e sabe ser o coadjuvante, aquele que pouco aparece. Já passou por melhores fases em sua carreira, mas tem lugar na rotação de garrafão de algumas equipes. Mais um para galeria: "É limitado, mas ajuda".

Damon Stoudamire - Teve uma passagem assustadoramente inexpressiva pelo San Antonio Spurs, mas que não apaga o fato de Stoudamire ser um armador experiente e que sabe assistenciar. Prestes a completar 35 anos, ainda tem lenha para queimar. Tem lugar na Liga, como um genérico de Sam Cassell.


Bobby Jones - Cigano, rei dos contratos temporários, Bobby Jones já vem provando que merece um vínculo duradouro. Assinou com o Heat, mas já foi dispensado. Está denovo no mercado. É um bom ala defensivo, com espírito voluntarioso de jogo, que já considerei pior. Seria bom reforço para muitos elencos.


OBS: Os jogadores não estão classificados por qualidade, ou seja, não é um ranking. É apenas uma lista de agentes livres.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Problemáticos

Nesta tarde, foi anunciada a renovação de contrato do ala JR Smith com o Denver Nuggets. Valores ainda não são conhecidos, mas especula-se que seja um contrato com duração de três ou mais anos. Assim, a franquia do Colorado alcança um de seus maiores objetivos, desta off-season.

Smith é um jogador extremamente promissor, com perfil de astro da Liga. Mas, junto com o talento, vem um conjunto de problemas extra-quadra e insubordinação. Qualquer aposta em JR é um risco.

Apesar de continuar marcando bons números, ele já não faz tão bem quanto poderia ao Nuggets. Um perímetro com Anthony e Iverson é impraticável, por ser defensivamente pífio. O ala tem um bom perfil para sair do banco, mas não tem controle para isso. Sempre que entra em quadra, precipita arremessos e desperdiça ataques. Em dias bons, ótimo. Em dias ruins, péssimo. Em um time com outros dois atletas de forte finalização, é certeza de confusão.

Para mim, alguns dos problemas do Nuggets passam pela existência de um talento descontrolado como Smith na rotação. Seu ritmo ofensivo acelerado, somado à pseudo-armação de Iverson, o claro deslocamento de Anthony e a falta de uma postura tática consolida o Nuggets como uma bomba-relógio, que se implode dentro de quadra.

A solução ideal não é deixá-lo ir embora. Mas utilizá-lo em uma negociação por um armador defensivo, de distribuição de bola, seria uma idéia a ser considerada.



O Boston Celtics firmou vínculo não-garantido com o ala Darius Miles. Fora de ação há duas temporadas, o atleta chegou a ter o fim de carreira decretado, por questões físicas. Agora, ele retorna (como?) para reforçar o atual campeão da NBA.

É provável que Miles tenha sido (seja?) um dos maiores "garotos problemas" da história da Liga. Brigas, drogas e prisões sempre foram constantes em sua carreira. Apesar de ser um grande talento, nunca decolou, claramente por influência de seu comportamento extra-quadra. Em um momento icônico, foi dispensado pelo Cleveland Cavaliers, sob a justificativa de ser uma má-influência para o então novato LeBron James.

Depois de duas temporada sem jogar, antecedida por uma em que disputou apenas 40 partidas, o retorno de Miles é uma incógnita. Para o Celtics, que perdeu Posey, é uma aposta válida, visto que é um bom jogador e sua freqüência de encrencas diminuiu.

É impossível acreditar que ele venha para confirmar o talento que sempre mostrou ter. Vindo de seríssima contusão, conseguir um contrato para a temporada já é uma grande vitória. E, para dar certo, Miles precisa ter entusiasmo em recomeçar direito.

Eu não espero nada dele. Acho que os torcedores do Celtics devem ter a mesma postura, não criar muitas esperanças. Pois, provavelmente, o maior impacto imediato de Miles vai ser no Blazers, que conseguiu enorme compensação financeira (cerca de U$10 milhões extras ao ano, para gastar) afirmando que a carreira dele estava acabada. Se Miles entrar em quadra em uma partida profissional, vão ter que prestar esclarecimentos para a NBA e pagar pelas regalias recebidas no passado.

OBS: Velhos erros não podem ser apagados - se Miles for contratado para temporada regular, não poderá jogar as primeiras dez partidas. Motivo? Desobediência à política anti-drogas da Liga.

domingo, 17 de agosto de 2008

Uma troca estranha

O Sacramento Kings deu um grande grito de "Fora, Artest!" ao trocá-lo com o Houston Rockets, por um valor que corresponde muito mais com sua complicada "vida social" do que com seu talento.

Rockets recebe Ron Artest e os novatos Sean Singletary e Patrick Ewing Jr., enquanto o Kings adquire o novato Donte Greene, além de Bobby Jackson e uma futura escolha de draft de primeira rodada.

Na minha opinião, uma troca estranha. Existem muitos times que necessitavam de um jogador como Artest. O Rockets, com Shane Battier sendo um dos destaques defensivos da última temporada, não era um deles. Além disso, acredito (não tenho certeza) que o Kings tinha melhores propostas de troca.

Para o Kings, o negócio parece ser mais vantajoso pelo que cedeu do que pelo recebido. Artest, além de ser um problema ambulante, não tinha mais clima para ficar em Sacramento. Era preciso negociá-lo, enquanto ainda tem um bom valor de mercado. Com isso, não digo que a franquia não trouxe bons jogadores.

Greene é um ala de grande potencial. Teve um rendimento fenomenal durante as Ligas de Verão e é um bom nome para protagonizar, ao lado de Kevin Martin, um movimento de renovação. A escolha de draft não deve render algo melhor do que a vigésima seleção. E Bobby Jackson, contrato expirante, é um excelente profissional (contrário do Artest): faz bem para o elenco e ainda tem alguma "lenha para queimar".

Além disso, é um prêmio pessoal para "Action" Jackson. Ele vai poder finalizar a carreira no Kings, time em que teve sua melhor fase na NBA. Adorado pela torcida, deve se aposentar nos braços dos fãs.

Para o Rockets, continua sendo estranho. Os novatos vêm de contrapeso. Escolhidos na segunda rodada, não trazem impacto imediato. Ewing Jr. deverá ser dispensado ou mandado para a Europa (a melhor opção, ao meu ver). É baixo e fraco demais para ser ala-pivô, não tem arremesso para ser ala. Singletary está mais preparado, é um armador correto, mas a rotação da franquia na posição está congestionada.

A vinda de Artest não faz sentido quando vemos o excelente rendimento recente de Shane Battier. O polêmico ala não vai ser reserva. Mesmo que injustamente, Shane deve ir para o banco. Talvez, a intenção do Rockets seja transformar Battier em um tipo de James Posey - um especialista de defesa e arremessador de três pontos para ser o sexto jogador do time.


No entanto, há um equívoco. Posey tem um potencial ofensivo capaz de fazê-lo um referencial para o ataque, mesmo saindo do banco. Battier não parece ter este caráter. Está muito mais para um Bruce Bowen - jogador para arremessar quando sobra sozinho e dar equilíbrio à defesa de perímetro do seu time. Este tipo de jogador rende melhor como titular.

Além disso, existem outras questões. Como a distribuição ofensiva do Rockets fica com a saída de um jogador de limitada participação ofensiva - como Battier - para entrada de Artest, que tenta (no mínimo) 12 bolas por jogo?

Peguemos como exemplo a contratação do Allen Iverson pelo Nuggets. Ele custou pouco para a franquia, como Artest também custou. No entanto, destruiu a distribuição ofensiva da equipe e criou um caos no time. Como o Rockets vai comportar dois atletas com o ímpeto de ataque de McGrady e Artest?

A resposta pode ter vindo de um companheiro de discussões do Orkut, Paulo. Para ele, Artest deve funcionar como um jogador também para poupar T-Mac durante a temporada. O que faz sentido. Neste caso, a funcionalidade do ala dentro do elenco é mais como um "reserva implícito" de McGrady do que como um titular de Battier.

Esta explicação faz a troca menos estranha. Embora continue estranha. Afinal, Battier vai virar suplente. Teremos McGrady e Artest juntos. Nestes momentos, o Rockets vai precisar de compreensão e disciplina. O que Artest nunca teve ou mostrou na carreira. Posso estar errado, mas estou com a mesma impressão de "vai dar errado" ou "não vai dar muito certo" com que fiquei no negócio que levou Iverson para Denver.

Para o Kings, serve como um bom passo rumo a uma renovação tardia. E, acima de tudo, como um ritual de exorcismo tão tardio quanto. Como diria a personagem da atriz Zelda Rubenstein, em uma passagem clássica do filme Poltergeist: "Esta casa está limpa!".

No NBA Jumper, existe um artigo com a minha opinião sobre a outra grande troca que movimentou a semana - a transação que levou o armador Mo Williams para o Cavaliers. Confira!

sábado, 16 de agosto de 2008

Sobre Pargo e Marbury

Na minha última postagem, falei sobre os armadores Jannero Pargo e Stephon Marbury. Os últimos dias trataram de provar de que acertei uma questão e errei em outra.

Pargo não vai para o Phoenix Suns. Ele assinará com o Dynamo Moscow, por uma temporada, recebendo cerca de quatro milhões - valor maior do que qualquer proposta que receberia da NBA. As novas negociações entre o armador Goran Dragic e a franquia do Arizona também ajudaram para que minha previsão não se concretizasse. No entanto, é fato que o GM Steve Kerr gosta muito de Pargo.

No caso de Marbury, ficou bem claro o que já havia dito: (...) após a contratação de dois novos armadores, a impressão é que se Walsh estivesse mesmo interessado em dispensá-lo, já teria o feito. No fim das contas, ele é bom e caro demais para ser simplesmente dispensado. O atleta iria embora, o "fantasma" do seu salário absurdo continuaria rondando o Knicks.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Ao que tudo indica...

Jannero Pargo vai ser contratado pelo Phoenix Suns. O NBA Jumper noticiou que o armador Goran Dragic vai cumprir seu contrato com o TAU Ceramica até o final. Agora, a franquia volta sua atenção para o mercado para encontrar um reserva para Steve Nash - e Pargo é o favorito da diretoria.

O atleta de 28 anos possui uma proposta do San Antonio Spurs - cerca de U$2 milhões por ano. A franquia do Arizona não tem espaço na folha salarial, mas com a saída do ala-armador Gordan Giricek, uma lacuna financeira é aberta para cobrir a oferta texana. Acima de tudo, Pargo é um jogador que agrada muito o GM do Suns, Steve Kerr. Ele vai fazer de tudo para contratá-lo.

A predileção imediata por Pargo é importante. Apesar de (ainda) estarem contando com a vinda de Dragic para os EUA, é reconhecido que, quando selecionou o armador, o Suns sabia que era pouco provável que o contrato com o TAU fosse rompido.


Stephon Marbury ainda não pode ter certezas sobre seu futuro. O presidente do Knicks, Donnie Walsh, não sabe o que fazer com o armador e seu mega-contrato. Em toda entrevista, o executivo se recusa a responder sobre a questão. A fase do mistério já acabou. Ele tem uma grande dúvida.

Todos dizem que Marbury vai ser dispensado. No entanto, após a contratação de dois novos armadores, a impressão é que se Walsh estivesse mesmo interessado em dispensá-lo, já teria o feito. Afinal, a cada dia do atleta em Nova York, mais críticas e perguntas se formam entre fãs e especialistas.

Mantê-lo é o movimento certo? Eu acredito que sim. Ter um contrato expirante de U$22 milhões, em uma franquia saturada financeiramente, é um grande trunfo. Além disso, ainda aposto que Marbury responde melhor ao sistema corrido de D'Antoni do que Robinson e Duhon.


Ben Gordon vai renovar com o Bulls, pela oferta qualificatória (U$6.4 milhões). Ninguém tem dinheiro ou interesse em pagar U$12 milhões por temporada para o ala-armador - nem na NBA, nem na Europa. A franquia de Chicago sabe disso e encurralou o atleta, que não tem mais saída.

O Bulls sabe que Gordon é um dos melhores scorers da Liga, mas também sabe que isso não justifica os valores pedidos. Está oferecendo cerca de U$9 milhões por ano, o que sobrou após o contrato assinado com Luol Deng.

Cada vez mais, a recusa da proposta de renovação de U$50 milhões por cinco anos, oferecida na última temporada, parece um grande erro de Gordon. Ele é bom, mas não vai muito além disso.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Uma questão de confiança

Shaun Livingston quer um contrato de dois ou mais anos. Por isso, ainda não assinou com nenhum time. Por mais que o armador tenha talento, a cena de sua contusão - há duas temporadas - é chocante e assusta os "apostadores". Pretendentes não faltam (Heat, Hawks, Clippers). O que falta é confiança - das franquias e do próprio Livingston.

O fato dele querer um contrato longo, por um lógico baixo valor, ao invés de assinar por apenas um ano e ter a oportunidade de ganhar um vínculo bem mais substancial na temporada 2009-2010 pode ser uma prova de que nem mesmo Livingston sabe se o retorno é pra valer (ou se realmente vai voltar).

A confiança que ele espera das franquias é quase impossível, visto que sua carreira está parada e, ainda, em risco. Por outro lado, a sua própria é obrigatória, caso pense em dar continuidade a sua carreira e voltar a ser a grande promessa que é.