A maioria das pessoas está focando suas atenções em séries de playoffs envolvendos grandes equipes e/ou rivalidades. Por questões pessoais e cobrindo os resumos do NBA Jumper, estou acompanhando a disputa entre Toronto Raptors e Orlando Magic. Uma série que muitos já definiram como a mais desestimulante e sem graça desta primeira rodada.
As duas equipes podem não empolgar, mas estou muito satisfeito. Raptors e Magic é, do ponto de vista tático, a melhor série disparada deste round inicial. A única que teve variações consistentes nos quintetos iniciais e posturas de jogo. Além de, a margem da quadra, Sam Mitchell e Stan Van Gundy estarem travando um interessante duelo.
Levando em conta a temporada regular, tudo levava a crer que o perímetro de Orlando definiria a série. Duas vitórias em três confrontos da temporada regular para o Magic, sempre contando com participação decisiva de Hidayet Turkoglu. Por outro lado, com os alas e armadores titulares do Raptors sem participação ofensiva mais ativa.
Mitchell compreendeu a pergunta, mas respondeu errado. Sacou o titular (e excelente defensor) Jamario Moon para efetivar Andrea Bargnani. Um time mais alto para encarar a trinca alta da Florida (Howard / Lewis / Turkoglu) e um pontuador nato no perímetro, para dar mais agressividade. Deu errado. A defesa canadense piorou vertiginosamente e o perímetro de Orlando acertou inúmeras bolas de três. Bargnani, pouco inspirado, quase nada produziu.
Perdeu o jogo um assim. Manteve a formação na segunda partida e tomou nova "surra" no primeiro período. O perímetro de Orlando parou de converter arremessos e Mitchell apostou em um time mais baixo. Um quinteto com o ex-titular Moon e sem o pivô Rasho Nesterovic. O Raptors encostou e quase venceu. Só não chegou ao triunfo porque Dwight Howard continuou fazendo a diferença no garrafão, amparado por um sistema muito efetivo mantido por Van Gundy - chamar a atenção das defesas para a linha de três pontos.
Na partida três, Mitchell corrigiu o seu erro e colocou em quadra um alinhamento mais baixo, com Moon e sem Nesterovic - que havia dado resultado no encontro anterior. E as coisas mudaram mesmo. Foi o Raptors quem disparou no marcador e venceu tranqüilamente o embate. Na verdade, o treinador da franquia do Canadá moldou seu time ao adversário, montando um quinteto baseado na agilidade.
O Magic joga com Howard no garrafão e quatro jogadores abertos. Eventualmente, Lewis ou Turkoglu encostam mais no pivô e fazem o papel de um "falso homem de garrafão". Nesta série, Van Gundy pouco recorreu a esta tática. O que Sam Mitchell fez foi montar um time igualmente composto por um pivô e quatro alas e/ou armadores.
Batendo quatro contra quatro na linha de três pontos, o Magic ficou sem o "jogador da sobra" (Evans, geralmente) para aparecer livre e arremessar. Encontrou uma barreira q impedia a penetração e dificultava os tiros. Com uma compulsão incomum, os atletas de Orlando chutaram bolas de três mesmo nesta situação. Previsivelmente, erraram.
Enquanto isso, na área pintada, estavam Howard e Bosh. Com a barreira de quatro jogadores no perímetro e sem um segundo pivô, o Magic encontrou dificuldade para servir o "Superman". Quando ele recebia, era marcado por um jogador mais ágil e rápido. Não por acaso, Bosh cavou três faltas de ataque sobre Howard. Primeiro jogo da série em que D-12 acabou pendurado.
Van Gundy já está preparado para o jogo quatro. Quando o "time baixo" estiver em quadra, o treinador já anunciou que aproveitará o pivô novato Marcin Gortat - um pivô de maior mobilidade, mas que joga no garrafão. Enquanto isso, Mitchell goza a mudança de vilão (o erro na escalação da equipe nos dois jogos iniciais) para herói (o mentor do time mais baixo que venceu sem dificuldade o aparente "bicho-papão"). Até o próximo jogo!
sexta-feira, 25 de abril de 2008
terça-feira, 22 de abril de 2008
Dança dos técnicos
Para quem está nos playoffs, a ordem de momento é concentração. Para quem não está, é tempo de avaliar. E os técnicos costumam ser amplamente contestados quando não acumulam resultados positivos. Algumas equipes buscam por opções no mercado, outras avaliam a permanência de seus profissionais:
Milwaukee Bucks: A franquia já acertou com Scott Skiles. Um treinador que sabe dar o primeiro passo, levar um time aos playoffs, mas não conseguiu ainda provar-se em estágios mais avançados. No caso do Bucks, isto basta. Um time de potencial, com alguns bons jovens, e que precisa chegar na pós-temporada quando a competição dá chances. Tenho boas expectativas para o time da revelação Ramon Sessions. Skiles é bom para a etapa em que encontra-se a franquia. O Bulls estava neste patamar quando ele começou a dar resultados.
Chicago Bulls: A tradicional franquia parece ter "caminho aberto" para negociar com Rick Carlisle. Um treinador de resultados expressivos, mas péssimo no "dia-a-dia" e relacionamento com jogadores. Sinceramente, acredito que seria uma escolha acertada. Os incidentes que levaram à demissão de Scott Skiles provaram que a franquia de Illinois precisa de vitórias e resultados rápidos. Passou do tempo de ter um "professor" e necessita agora de um "técnico".
New York Knicks: A saída de Isiah Thomas só pode ser boa para o Knicks. Além de um treinador limitado, ele tinha atritos constantes com seus jogadores. Como sempre, os dirigentes nova-iorquinos trabalham com diversas opções e poucas certezas. O aparente favorito é Marc Jackson. Para mim, um erro. Apesar de muito conhecimento tático e excelente jogador quando em carreira, Jackson não possui experiência. Em um elenco como o do Knicks, cheio de problemas e pressões constantes, pesará falta a experiência e autoridade.
Jeff Van Gundy possui um currículo excelente e história na franquia (comandou o time finalista da NBA de 1999). A (ótima) experiência passada em Nova York credencia o técnico. No entanto, seu perfil espirituoso, bem humorado e sarcástico tem tudo para ser uma bomba-relógio em um Knicks bem diferente do que ele comandou há anos. A equipe de hoje é cheia de jogadores-problema e dirigentes ansiosos. Uma piada mal colocada será uma arma para a imprensa altamente exigente da cidade.
A terceira opção é Herb Williams. Homem de confiança do Knicks, há muitos anos assistente-técnico da franquia e sobrevivente das constantes mudanças de treinadores ocorridas no time. Para mim, chegou a vez dele. Não é um "pacificador", mas conhece o elenco de dentro e sabe lidar com os atletas. Já conhece a imprensa local e seu perfil incisivo. Acima de tudo, terá total confiança dos dirigentes para aplicar sua filosofia de trabalho. O porém fica para sua experiência como head coach (2005, cerca de 40 jogos), sem muito sucesso, na própria franquia.
New Jersey Nets: Demitir ou não Lawrence Frank? Parece-me uma questão de coerência. Rod Thorn disse que fará várias mudanças na equipe, já evidenciadas pela saída de Jason Kidd. Neste panorama, um treinador extremamente questionado como Frank é peça frágil. A demissão do treinador é questão de lógica e tempo.
Golden State Warriors: Don Nelson já deu entrevistas em tom de despedida. O técnico deixa uma ótima história em Oakland, mas também um tipo de "herança maldita": o elenco do Warriors é moldado para o run and gun, estilo adotado por Nelson e que já fez mais sucesso entre a comunidade de técnicos da Liga. A implantação de outra filosofia de jogo será complicada e, provavelmente, envolverá algumas trocas. Precisa-se de pivôs!
Milwaukee Bucks: A franquia já acertou com Scott Skiles. Um treinador que sabe dar o primeiro passo, levar um time aos playoffs, mas não conseguiu ainda provar-se em estágios mais avançados. No caso do Bucks, isto basta. Um time de potencial, com alguns bons jovens, e que precisa chegar na pós-temporada quando a competição dá chances. Tenho boas expectativas para o time da revelação Ramon Sessions. Skiles é bom para a etapa em que encontra-se a franquia. O Bulls estava neste patamar quando ele começou a dar resultados.
Chicago Bulls: A tradicional franquia parece ter "caminho aberto" para negociar com Rick Carlisle. Um treinador de resultados expressivos, mas péssimo no "dia-a-dia" e relacionamento com jogadores. Sinceramente, acredito que seria uma escolha acertada. Os incidentes que levaram à demissão de Scott Skiles provaram que a franquia de Illinois precisa de vitórias e resultados rápidos. Passou do tempo de ter um "professor" e necessita agora de um "técnico".
New York Knicks: A saída de Isiah Thomas só pode ser boa para o Knicks. Além de um treinador limitado, ele tinha atritos constantes com seus jogadores. Como sempre, os dirigentes nova-iorquinos trabalham com diversas opções e poucas certezas. O aparente favorito é Marc Jackson. Para mim, um erro. Apesar de muito conhecimento tático e excelente jogador quando em carreira, Jackson não possui experiência. Em um elenco como o do Knicks, cheio de problemas e pressões constantes, pesará falta a experiência e autoridade.
Jeff Van Gundy possui um currículo excelente e história na franquia (comandou o time finalista da NBA de 1999). A (ótima) experiência passada em Nova York credencia o técnico. No entanto, seu perfil espirituoso, bem humorado e sarcástico tem tudo para ser uma bomba-relógio em um Knicks bem diferente do que ele comandou há anos. A equipe de hoje é cheia de jogadores-problema e dirigentes ansiosos. Uma piada mal colocada será uma arma para a imprensa altamente exigente da cidade.
A terceira opção é Herb Williams. Homem de confiança do Knicks, há muitos anos assistente-técnico da franquia e sobrevivente das constantes mudanças de treinadores ocorridas no time. Para mim, chegou a vez dele. Não é um "pacificador", mas conhece o elenco de dentro e sabe lidar com os atletas. Já conhece a imprensa local e seu perfil incisivo. Acima de tudo, terá total confiança dos dirigentes para aplicar sua filosofia de trabalho. O porém fica para sua experiência como head coach (2005, cerca de 40 jogos), sem muito sucesso, na própria franquia.
New Jersey Nets: Demitir ou não Lawrence Frank? Parece-me uma questão de coerência. Rod Thorn disse que fará várias mudanças na equipe, já evidenciadas pela saída de Jason Kidd. Neste panorama, um treinador extremamente questionado como Frank é peça frágil. A demissão do treinador é questão de lógica e tempo.
Golden State Warriors: Don Nelson já deu entrevistas em tom de despedida. O técnico deixa uma ótima história em Oakland, mas também um tipo de "herança maldita": o elenco do Warriors é moldado para o run and gun, estilo adotado por Nelson e que já fez mais sucesso entre a comunidade de técnicos da Liga. A implantação de outra filosofia de jogo será complicada e, provavelmente, envolverá algumas trocas. Precisa-se de pivôs!
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Bomba em Los Angeles
Desde o dia 13 de janeiro, o pivô Andrew Bynum é desfalque no Los Angeles Lakers. O jogador teve constatado dano em um osso do seu joelho esquerdo. Na época, a previsão de retorno ao time era de dois meses, ou seja, em março.
Estamos em abril e o jovem atleta ainda não está recuperado. Para piorar, as notícias são, cada vez mais, preocupantes para os torcedores angelinos. Nos últimos dias, Bynum visitou um especialista em Nova York - David Altchek, profissional da junta médica do New York Mets, da MLB - que "barrou" uma possível liberação do pivô para treinamentos.
Altchek definiu o resultado da avaliação como "um passo para trás". Afirmou que, até estar 100% recuperado, "A-Bomb" não poderá treinar. Com a temporada sendo finalizada no dia 16, é difícil acreditar em um retorno do pivô para os playoffs, como anunciou Phil Jackson há quase um mês. Lembrando que o treinador possuia a previsão mais pessimista das anunciadas pelo Lakers.
Iniciado março, a franquia de Los Angeles especulou diversas datas de retorno para Bynum. Todas não vingaram. Até a mais pessimista delas caminha para o mesmo destino. Isto evidencia que o próprio Lakers não sabe, ao certo, o que se passa com o jogador. Ou esconde algo. A busca por uma segunda opinião especializada (Altchek) não é um sinal positivo também.
Muitos acreditam que os dirigentes de Los Angeles escondem a verdadeira gravidade da lesão do jovem homem de garrafão. Desde meados de março, existe uma série de rumores, bem como um pequeno círculo de comentaristas especializados (de jornais impressos e internet), que defendem esta tese.
Se Andrew Bynum não participar da pós-temporada, seja inteira ou de uma parte, o Lakers terá problemas. Não digo isto apenas analisando seu números (13.1 pontos e 10.2 rebotes), até porque acho que o pivô ainda precisa trabalhar alguns aspectos de seu jogo (defensivos, principalmente). Phil Jackson perderá muito da versatilidade de seu elenco.
Hoje, à grosso modo, o Lakers não possui um reserva/substituto para Bynum. Ninguém no elenco da franquia possui características físicas (atleticismo, força) e/ou de jogo (agressividade no garrafão) semelhantes às do jovem pivô. Comparar Bynum com o atual titular Vladimir Radmanovic é como fazer um paralelo entre gelo e vinho quente. São muito distintos.
Sem "A-Bomb", Jackson perde parte importante de seu potencial ofensivo no garrafão. Lógico que o treinador tem o ótimo Pau Gasol, mas ele não pode sobrecarregar o espanhol. Além disso, o jogador europeu não possui a força física para definir as jogadas determinadas para Bynum. A situação é complicada. Especialmente, porque os playoffs exigem jogo de garrafão.
Estamos em abril e o jovem atleta ainda não está recuperado. Para piorar, as notícias são, cada vez mais, preocupantes para os torcedores angelinos. Nos últimos dias, Bynum visitou um especialista em Nova York - David Altchek, profissional da junta médica do New York Mets, da MLB - que "barrou" uma possível liberação do pivô para treinamentos.
Altchek definiu o resultado da avaliação como "um passo para trás". Afirmou que, até estar 100% recuperado, "A-Bomb" não poderá treinar. Com a temporada sendo finalizada no dia 16, é difícil acreditar em um retorno do pivô para os playoffs, como anunciou Phil Jackson há quase um mês. Lembrando que o treinador possuia a previsão mais pessimista das anunciadas pelo Lakers.
Iniciado março, a franquia de Los Angeles especulou diversas datas de retorno para Bynum. Todas não vingaram. Até a mais pessimista delas caminha para o mesmo destino. Isto evidencia que o próprio Lakers não sabe, ao certo, o que se passa com o jogador. Ou esconde algo. A busca por uma segunda opinião especializada (Altchek) não é um sinal positivo também.
Muitos acreditam que os dirigentes de Los Angeles escondem a verdadeira gravidade da lesão do jovem homem de garrafão. Desde meados de março, existe uma série de rumores, bem como um pequeno círculo de comentaristas especializados (de jornais impressos e internet), que defendem esta tese.
Se Andrew Bynum não participar da pós-temporada, seja inteira ou de uma parte, o Lakers terá problemas. Não digo isto apenas analisando seu números (13.1 pontos e 10.2 rebotes), até porque acho que o pivô ainda precisa trabalhar alguns aspectos de seu jogo (defensivos, principalmente). Phil Jackson perderá muito da versatilidade de seu elenco.
Hoje, à grosso modo, o Lakers não possui um reserva/substituto para Bynum. Ninguém no elenco da franquia possui características físicas (atleticismo, força) e/ou de jogo (agressividade no garrafão) semelhantes às do jovem pivô. Comparar Bynum com o atual titular Vladimir Radmanovic é como fazer um paralelo entre gelo e vinho quente. São muito distintos.
Sem "A-Bomb", Jackson perde parte importante de seu potencial ofensivo no garrafão. Lógico que o treinador tem o ótimo Pau Gasol, mas ele não pode sobrecarregar o espanhol. Além disso, o jogador europeu não possui a força física para definir as jogadas determinadas para Bynum. A situação é complicada. Especialmente, porque os playoffs exigem jogo de garrafão.
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Dois pontos rápidos
1. Acabo de enviar minha opinião sobre o prêmio de treinador da temporada para o texto especial da equipe NBA Jumper. As opiniões de todos os membros do site será divulgada na quarta-feira, em uma postagem especial. Assim que ela sair, posto o link.
2. O meu último post aqui no blog, O perigo mora ao lado, vai ser transformado em artigo para o Jumper durante este fim de semana. Com maior extensão, haverá espaço para citar mais números e mais questões importantes. O principal a ser lembrado é que não estou perseguindo o Celtics, mas é preciso encarar o lado Leste com mais respeito.
UPDATE: Por questões de redistribuição dos dias de postagens de artigo no site, farei o artigo apenas na próxima semana.
2. O meu último post aqui no blog, O perigo mora ao lado, vai ser transformado em artigo para o Jumper durante este fim de semana. Com maior extensão, haverá espaço para citar mais números e mais questões importantes. O principal a ser lembrado é que não estou perseguindo o Celtics, mas é preciso encarar o lado Leste com mais respeito.
UPDATE: Por questões de redistribuição dos dias de postagens de artigo no site, farei o artigo apenas na próxima semana.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
O perigo mora ao lado
O excelente desempenho do Boston Celtics contra os times do Oeste vem entusiasmando diversos analistas da NBA. Muitos falam como se a equipe já estivesse na final da temporada, só preocupando-se com o adversário que virá do "lado mais forte" da Liga.
Estes são os números atuais da campanha do Boston Celtics:
Total: 59 vitórias e 15 derrotas (79.7%).
Contra o Leste: 34 vitórias e 10 derrotas (77.2%).
Contra o Oeste: 25 vitórias e cinco derrotas (83.3%).
Olhando os números, não resta dúvidas que o Celtics é um dos favoritos. E a campanha contra o poderoso Oeste é um fator que inspira natural otimismo. Mas os analistas que só avaliam a questão por este ponto podem estar comentendo um grande erro.
Ao contrário do que a lógica diz, os grandes adversários dos comandados de Doc Rivers estão ao seu lado, na conferência Leste. A campanha do Boston Celtics contra os outros três times que possuirão mando de quadra nos playoffs do Leste é de cinco vitórias e cinco derrotas. Ou seja, bem mais modesto do que os números apresentados antes.
O único contra quem tem retrospecto positivo é o Detroit Pistons: venceu duas e perdeu uma. Enfrentando o Cavaliers, são dois triunfos para cada lado. Quando o oponente foi o Orlando Magic, o Celtics saiu derrotado de dois dos três confrontos realizados.
As três equipes anteriormente citadas representam obstáculos perigosos no caminho do Celtics até o anel de campeão:
- Pistons: Das cinco derrotas do Celtics para o "trio do Leste", apenas uma foi em Boston. Exatamente a vitória solitária da franquia Michigan. Além disso, o Pistons possui algo importante que seu adversário não tem: experiência. Diferente de Garnett, Pierce e Allen, o elenco de Detroit participou da maioria das últimas pós-temporadas.
- Magic: O time da Flórida possui algo inusitado - tem melhor campanha atuando fora de casa do que em seus domínios. Além disso, o ponto fraco do Celtics está exatamente na posição de Center, ou seja, o teórico marcador de Dwight Howard. O pivô do Magic é atlético, forte e resistente. Será que Garnett ainda tem fôlego para marcá-lo em uma série de sete partidas?
- Cavaliers: O Celtics revelou a defesa como sua maior virtude. Um time pressionado, bem marcado, tende a partir para a individualidade. E pouquíssimos jogadores na Liga são capazes de causar tanto "estrago" por si só quanto LeBron James. A equipe de Boston poderia ser vítima de uma apresentação como a do astro contra o Pistons, ano passado?
Considerar o Celtics favorito não é crime. É algo impossível de não ser feito. Melhor campanha, muito talento e defesa forte. No entanto, a equipe tem que ficar com os olhos abertos. Como os analistas vem falando, parece que o time não precisará fazer esforço para chegar nas finais.
Estes são os números atuais da campanha do Boston Celtics:
Total: 59 vitórias e 15 derrotas (79.7%).
Contra o Leste: 34 vitórias e 10 derrotas (77.2%).
Contra o Oeste: 25 vitórias e cinco derrotas (83.3%).
Olhando os números, não resta dúvidas que o Celtics é um dos favoritos. E a campanha contra o poderoso Oeste é um fator que inspira natural otimismo. Mas os analistas que só avaliam a questão por este ponto podem estar comentendo um grande erro.
Ao contrário do que a lógica diz, os grandes adversários dos comandados de Doc Rivers estão ao seu lado, na conferência Leste. A campanha do Boston Celtics contra os outros três times que possuirão mando de quadra nos playoffs do Leste é de cinco vitórias e cinco derrotas. Ou seja, bem mais modesto do que os números apresentados antes.
O único contra quem tem retrospecto positivo é o Detroit Pistons: venceu duas e perdeu uma. Enfrentando o Cavaliers, são dois triunfos para cada lado. Quando o oponente foi o Orlando Magic, o Celtics saiu derrotado de dois dos três confrontos realizados.
As três equipes anteriormente citadas representam obstáculos perigosos no caminho do Celtics até o anel de campeão:
- Pistons: Das cinco derrotas do Celtics para o "trio do Leste", apenas uma foi em Boston. Exatamente a vitória solitária da franquia Michigan. Além disso, o Pistons possui algo importante que seu adversário não tem: experiência. Diferente de Garnett, Pierce e Allen, o elenco de Detroit participou da maioria das últimas pós-temporadas.
- Magic: O time da Flórida possui algo inusitado - tem melhor campanha atuando fora de casa do que em seus domínios. Além disso, o ponto fraco do Celtics está exatamente na posição de Center, ou seja, o teórico marcador de Dwight Howard. O pivô do Magic é atlético, forte e resistente. Será que Garnett ainda tem fôlego para marcá-lo em uma série de sete partidas?
- Cavaliers: O Celtics revelou a defesa como sua maior virtude. Um time pressionado, bem marcado, tende a partir para a individualidade. E pouquíssimos jogadores na Liga são capazes de causar tanto "estrago" por si só quanto LeBron James. A equipe de Boston poderia ser vítima de uma apresentação como a do astro contra o Pistons, ano passado?
Considerar o Celtics favorito não é crime. É algo impossível de não ser feito. Melhor campanha, muito talento e defesa forte. No entanto, a equipe tem que ficar com os olhos abertos. Como os analistas vem falando, parece que o time não precisará fazer esforço para chegar nas finais.
terça-feira, 1 de abril de 2008
Enquete - Novato do temporada
Durante o último mês, foi mantida a enquete "Quem vencerá o prêmio de novato da temporada?" aqui no blog. Terminada a votação, eis o resultado:
1 - Kevin Durant (Sonics) - 17 votos - 65%
2 - Al Horford (Hawks) - 5 votos - 19%
3 - Luis Scola (Rockets) - 3 votos - 11%
4 - Outro - 1 voto - 3%
5 - Al Thornton (Clippers) - não citado.
Quem acompanha o "ranking dos novatos", lista semanal que realizo no NBA Jumper, sabe que minha posição coincide com a da maioria dos votantes do blog: Durant será o calouro da temporada, com méritos.
Não restam dúvidas que Al Horford é o novato que trouxe o maior impacto coletivo sobre sua franquia. No entanto, o prêmio em questão tem um histórico de não levar em conta desempenho coletivo, dando plena preferência ao rendimento individual do jogador. E, por este aspecto, o atleta do Sonics é imbatível.
Colocar Scola e Thornton na votação foi uma forma de precaução. O argentino possuia diminuta chance de entrar na briga com a contusão de Yao Ming. Como esperado, não ocorreu. Já o novato do Clippers teve como maior obstáculo na temporada sua própria inconstância. Alterna atuações espetaculares e pífias em uma mesma semana.
Agradeço aos 26 votantes da enquete, sempre os convidando a retornar ao blog, assim como acompanhar o site NBA Jumper, do qual sou co-editor. Obrigado!
1 - Kevin Durant (Sonics) - 17 votos - 65%
2 - Al Horford (Hawks) - 5 votos - 19%
3 - Luis Scola (Rockets) - 3 votos - 11%
4 - Outro - 1 voto - 3%
5 - Al Thornton (Clippers) - não citado.
Quem acompanha o "ranking dos novatos", lista semanal que realizo no NBA Jumper, sabe que minha posição coincide com a da maioria dos votantes do blog: Durant será o calouro da temporada, com méritos.
Não restam dúvidas que Al Horford é o novato que trouxe o maior impacto coletivo sobre sua franquia. No entanto, o prêmio em questão tem um histórico de não levar em conta desempenho coletivo, dando plena preferência ao rendimento individual do jogador. E, por este aspecto, o atleta do Sonics é imbatível.
Colocar Scola e Thornton na votação foi uma forma de precaução. O argentino possuia diminuta chance de entrar na briga com a contusão de Yao Ming. Como esperado, não ocorreu. Já o novato do Clippers teve como maior obstáculo na temporada sua própria inconstância. Alterna atuações espetaculares e pífias em uma mesma semana.
Agradeço aos 26 votantes da enquete, sempre os convidando a retornar ao blog, assim como acompanhar o site NBA Jumper, do qual sou co-editor. Obrigado!
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