Chegando aos playoffs, Spurs e Mavericks pareciam viver situações bem diferentes. A equipe de San Antonio estava com sua "trinca" de protagonistas seriamente defasada: uma contusão tirou Manu Ginobili do resto da temporada e Tim Duncan não estava 100% fisicamente. Enquanto isso, Dallas vivia um de seus melhores momentos da temporada, vencendo a luta com Jazz e Hornets pela sexta posição do Oeste.
Para mim, a série não passou de um reflexo da situação de ambos. Embora possuísse o mando de quadra e anos de experiência, o Spurs não conseguiu parar uma franquia que, em melhor fase e completa, apresentava um basquete melhor e mais coletivo. A única surpresa foi a duração: não esperava que o confronto fosse decidido em apenas cinco jogos - minha aposta foi seis.
O perigo para o Mavericks mostrou-se, quase que unicamente, quando teve que confrontar bons momentos do armador Tony Parker, com suas infiltrações. Além de ser muito pouco vindo de um campeão recente, as entradas de JJ Barea foram eficientes para, até certo ponto, "conter" Parker.
Esta limitação do Spurs aconteceu porque o elenco de apoio da equipe teve performance pífia, na maior parte da série. Somados, Parker e Duncan tiveram nove (de 10) atuações com mais de 10 pontos. Por outro lado, todos os outros jogadores do Spurs somaram apenas seis - nenhuma nas duas últimas partidas da série. Neste ponto, fica evidente a falta de Ginobili, que sai do banco de reservas exatamente para aumentar o poder de fogo do time. Sem o argentino, a efetividade do banco de San Antonio caiu muito.
O Mavericks, por sua vez, mostrou a segurança de um time que mereceu a classificação. E, ao contrário do Spurs, tiveram boas atuações dos reservas Jason Terry (escolhido melhor sexto-homem da temporada) e Brandon Bass. Gregg Popovich não teve resposta para Josh Howard, que teve excelentes atuações. O alemão Dirk Nowitzki fez exatamente o que se esperava dele. Mesmo no garrafão, o criticado Erick Dampier encontrou brecha para acumular algumas boas atuações.
Assim como na eliminação de 2007-08, fiquei com a impressão de que o Spurs precisa de um processo de rejuvenescimento urgente em seu elenco. A equipe que mostrou quão importante pode ser a experiência precisa de atleticismo, vigor físico e juventude. A necessidade de atletas que ataquem a cesta com maior vitalidade e velocidade é sentida, enquanto atletas como Bruce Bowen e Michael Finley sentem, claramente, o peso da idade.
Confira a análise de Cavaliers vs. Pistons aqui.
Confira a análise de Lakers vs. Jazz aqui.
sábado, 2 de maio de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Pra mim o San Antonio teve um "achado" nesse ano: Roger Mason. Muito bom jogador, sem vir com tanta badalação. Não foi o suficiente.
Mas acho isso natural. Quando se quebra um trio como o do Spurs, manter o mesmo nível de competitividade é realmente complicado. Vide o Boston sem Garnett.
Postar um comentário