Depois de um longo período de afastamento, por causa do meu TCC, estou retomando os trabalhos aqui no OpiNBA. Jornalista formado, vamos ao que interessa...
Desde o anúncio da aposentadoria do ala-armador Cuttino Mobley, por causa de um problema cardíaco, o New York Knicks espera uma decisão da Liga sobre a concessão da chamada disabled player exemption – a exceção salarial para franquias com jogadores aposentados em decorrência de problemas físicos ou de saúde. Um parecer positivo pode disponibilizar U$4.55 milhões (metade do atual salário de Mobley) para os nova-iorquinos contratarem novos atletas.
A decisão, que deve sair ainda no início desta semana, provavelmente será negativa. A NBA não vai conceder verba extra para que o Knicks possa contratar outros jogadores. O argumento (pertinente) da Liga é que a franquia soube do problema cardíaco de Mobley antes de autorizar a troca. Assim, teve a opção de assumir ou não o contrato do ala-armador, com conhecimento da possibilidade de aposentadoria do atleta de 33 anos.
Em resumo: consideram que o Knicks agiu de forma premeditada, utilizando a aposentadoria forçada de Mobley para agilizar o processo de limpeza de sua folha salarial e ainda contar com a exceção salarial para contratar outros atletas. Lembrando que o vínculo do ala-armador só termina ao final da próxima temporada, pagando ainda U$18.9 milhões para Mobley.
O parecer da Liga quanto ao caso é muito importante para as pretensões futuras da franquia. Se a DPE for concedida, o Knicks deverá tentar trazer de volta o armador Jannero Pargo ou o ala Carlos Delfino, ambos atuando no basquete russo. No contrato de três anos assinado pelo argentino, existe uma cláusula que prevê liberação para propostas de times da NBA. O caso de Pargo, cujo compromisso tem apenas um ano de duração, é mais complicado e deverá exigir pagamento de multa rescisória.
Se a DPE for negada, o Knicks buscará um armador utilizando a exceção de U$1.4 milhões recebida na troca do ala-pivô Zach Randolph. Os nomes que mais agradam a franquia seriam Sergio Rodriguez, do Portland Trail Blazers, e Quincy Douby, do Sacramento Kings. Rodriguez dificilmente será cedido, uma vez que a equipe do Oregon pretende utilizá-lo como “isca” em um pacote de jogadores ou simplesmente mantê-lo no elenco.
Douby é a possibilidade mais viável. O armador é pouco aproveitado pelo Kings (atua cerca de 10 minutos por jogo) e a franquia pode ter interesse em transformar seu contrato em espaço na folha salarial. Existe também a chance do Knicks tentar adquirir um atleta por meio de uma troca, utilizando o vínculo recém-liberado para negociações do armador Anthony Roberson. Sasha Vujacic, do Los Angeles Lakers, seria um dos nomes favoritos dos nova-iorquinos.
Dentro de algumas semanas, o veterano Antoine Walker deverá ser dispensado pelo Memphis Grizzlies. A franquia só vai esperar um parecer sólido sobre as condições físicas do ala Darius Miles – recém-contratado pelo time – para iniciar as negociações para liberação do atleta de 32 anos, que tem U$9 milhões a receber, mas estará disposto a reduzir este valor para agilizar a rescisão contratual.
Nos últimos meses, o Memphis Grizzlies tentou negociar o contrato expirante de Walker, mas não encontrou nenhum interessado, por causa do alto valor. Neste cenário, a dispensa acaba sendo a última opção para a franquia, pois o ala pressiona a diretoria por uma rescisão. Não existem motivos para segurar o jogador. Além disso, a franquia tem a intenção de adquirir mais um arremessador, no espaço do elenco aberto pela possível saída do veterano.
Antoine Walker quer voltar a jogar, por isso tem interesse em agilizar o processo de buyout, quer estar disponível antes do aquecimento do mercado de trocas – final de janeiro. O ala (em forma) seria um bom reforço para equipes de playoffs jovens ou com banco de reservas sem muitas peças. Walker poderia ser uma boa opção para o Magic, pois arremessa bem de longa distância e pode funcionar como ala-pivô, no sistema de Stan Van Gundy.
O grande problema é que ninguém sabe, ao certo, qual a situação física e técnica de Walker. Ele ainda não entrou em quadra, nesta temporada, e sempre lutou com a balança. Sem contar estas dúvidas, a experiência e habilidade nos arremessos do ex-Celtic pode ser valiosa para uma equipe de pós-temporada.
domingo, 14 de dezembro de 2008
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